Hotel Ibis Copacabana Posto 5 – acessibilidade

Nas Paralimpíadas 2016, o Ibis Copacabana Posto 5 foi o hotel que escolhemos para nos hospedar. Neste post, te conto sobre as razões que nos levaram a esta opção e te conto tudo sobre a acessibilidade no local! Vambora?

 

Calçada em frente ao hotel | Foto: Marta Alencar

Por que o Ibis Copacabana?

 

Ao decidir que iria para o Rio durante as Paralimpíadas, logo iniciei a busca por hospedagem com localização favorável.

No caso, isso significava estar próximo tanto da estação de metrô quanto da praia e ter fácil acesso a comércio variado.

Como o orçamento estava curto, não poderia ser um hotel com tarifas altas. Por outro lado, eu não poderia correr o risco de que a acessibilidade deixasse a desejar.

O Ibis Posto 5 se saiu muito bem em minha investigação, e não nos arrependemos de tê-lo escolhido. Já vou te contar as razões!

 

Uma feliz coincidência

 

Enquanto escolhíamos a hospedagem, a rede Accor entrou em contato comigo para me convidar a visitar um hotel da rede. A ideia era me hospedar para avaliar a acessibilidade e, então, escrever um post a respeito.

Aproveitei a oportunidade e perguntei se poderia ser o Ibis Copacabana. E foi assim que a rede se responsabilizou por nossa hospedagem!

Aproveito para agradecer à Accor pelo presente, que se transformou nesta resenha e em um roteiro de acessibilidade em Copacabana. Para checar, acesse os links que estão no Para Saber Mais!

Vamos aos detalhes sobre o hotel?

 

Jeitão descolado

 

Durante a hospedagem, ficamos sabendo que o hotel havia sido inaugurado há apenas um ano. Isso, então, explicava suas instalações novas e bem planejadas.

Com seu jeitão descolado, o Ibis Copacabana tem cara de hostel, um tipo de estabelecimento com áreas que convidam à convivência. Lá, o lobby, o bar, a sala de estar e as mesas de jogos cumprem esse papel, assim como as mesas coletivas no restaurante.

Além disso, os ambientes são coloridos e joviais!

 

Estou no lobby do Ibis, um local moderno, colorido e agradável

Estou no lobby do Ibis, que é colorido e agradável (Foto: Marta Alencar)

 

Acessibilidade no restaurante

 

O restaurante me pareceu particularmente bom.

Para começar, havia vários tipos de mesa, para todos os gostos e necessidades. Algumas eram coletivas, compridas, com tamboretes que podem sem afastados para o posicionamento perfeito da cadeira de rodas. Bingo!

Em segundo lugar, o buffet de café da manhã tinha bastante variedade de itens e estava em altura adequada para os cadeirantes. Da mesma forma, a máquina de café, que pude utilizar sem auxílio.

Para finalizar, havia lanches adequados para quem tem intolerância a lactose.

 

Como se pode notar, foi fácil para mim utilizar a máquina de café | MA

Foi fácil para mim utilizar a máquina de café (MA)

Adorei as mesas mais compridas, coletivas. A cadeira pode ser facilmente encaixada.

Adorei as mesas mais compridas, coletivas… (MA)

 

Acessibilidade no quarto

 

Abrir a porta do quarto não poderia ser mais fácil

Para chegar até o quarto, tomamos um elevador fácil de acionar. Para isso, bastava aproximar o cartão do sensor eletrônico.

No quarto adaptado, havia também muitas facilidades.

Em primeiro lugar, ele fica próximo ao elevador, e a porta se abre para fora. Também era acionado por cartão eletrônico, bastando a aproximação do sensor.

Além disso, do lado interno, uma barra de segurança facilitava, e muito, o fechamento.

É importante mencionar que ele tinha bom tamanho, de forma que consegui me locomover com a cadeira confortavelmente.

Para minha alegria, os cabides e o cofre estavam em altura adequada.

 

Banheiro confortável

 

Na mesma linha, no banheiro havia facilidades, começando pela porta de correr que se abria facilmente.

Era amplo, com pia que permitia aproximação frontal e saboneteira próxima.

A área para banho era bem pequena, mas achei isso bom. Afinal, facilitou a transferência para a banqueta, que, aliás, era grande, basculante e fixada à parede.

Como resultado de a área ser pequena, a saboneteira estava ao alcance das mãos, em frente à banqueta.

A ducha tinha torneira monocomando, ou seja, apenas uma torneira, tanto para liberar a água quanto para escolher a temperatura. Uma cortina evitava o alagamento e facilitava o acesso.

Como nos outros hotéis da rede Ibis, encontramos cofre, secador de cabelos e espelho de corpo inteiro.

 

Só camas de casal

 

Porém, preciso citar um inconveniente: as camas dos quartos adaptados, na rede Ibis, são sempre de casal. Não há possibilidade de substituir por duas de solteiro, certamente porque isso reduziria o espaço de giro da cadeira de rodas.

Entretanto, compreensivelmente, às vezes não nos sentimos à vontade para dormir na mesma cama que o acompanhante.

Por causa disso, este hotel, apesar de ser excelente, pode não se adequar às necessidades de muitos hóspedes com deficiência, infelizmente.

 

Na lateral da cama, havia bom espaço para giro da cadeira de rodas | Foto: Laura Martins

 

Acessibilidade no entorno

 

Para começar, algumas palavras sobre a calçada do hotel e do entorno.

O revestimento é em mosaico português, como é usual em Copacabana, e estava em condições razoáveis à época. Porém, estava quebrada em alguns dos quarteirões vizinhos.

Essa situação, embora tenha tornado desconfortável a circulação com a cadeira, não chegou a impedi-la.

Havia rebaixamentos de calçada em praticamente todas as esquinas das proximidades. No entanto, em uma delas, a rampinha terminava em uma boca de lobo.

 

Estação de metrô

 

A duas quadras do hotel, encontramos a entrada acessível da estação de metrô Cantagalo, que tem elevador.

Percorrendo a mesma distância, temos acesso a restaurantes, botecos, farmácia, padaria, supermercado, lojas de souvenir, de roupas e calçados e até um cinema de rua.

Se desejar ir tocando a cadeira sozinho, é possível, porque a região tem baixa declividade.

 

Cadê a praia?

 

Se as características que mencionei te levaram a avaliar bem este hotel, prepare-se para o que vem a seguir!

A apenas três quadras do hotel, fica a orla de Copacabana, charmosa como ela só. Como você pode notar, é muito rápido alcançar a praia.

Acima de tudo, é nessa região que, em alguns meses do ano, funciona o programa Praia para Todos, que oferece aos cadeirantes assistência para banho de mar e outras atividades.

 

No Forte de Copacabana, o Exército mostra que é possível, com intervenções simples, melhorar a acessibilidade (Foto: Marta Alencar)

 

Instagramáveis

 

Na região, o que não falta são locais bacanas para tirarmos aquela foto que vai causar! hahaha

Bem perto, está a estátua de Drummond, mas se prepare, porque sempre tem disputa para se sentar ao lado do poeta.

Mais algumas rodadas nos levarão, de quiosque em quiosque, de caipirinha em caipirinha, ao Forte de Copacabana. Inegavelmente, é um local que deve constar na sua lista.

Para começar, é uma instituição histórica que providenciou alterações para o acesso de pessoas com deficiência. Só isso já valeria a ida. Mas, além disso, a vista é maravilhosa, e o museu é muito interessante. Para fechar com chave de ouro, lá está uma das unidades da Confeitaria Colombo, onde podemos almoçar ou lanchar com muito charme e beleza!

Evidentemente, também iremos tirar muitas e muitas belas fotos!

 

É muito fácil rodar do hotel até o calçadão de Copacabana. Dá até pra ir sozinho! (MA)

É muito fácil rodar do hotel até o calçadão de Copacabana. Dá até pra ir sozinho! (MA)

 

Para complementar…

 

Aqui, no blog, publiquei um post sobre Copacabana, em que indico pelo menos um estabelecimento de cada categoria, com dicas de acessibilidade. O link está abaixo, no Para Saber Mais.

E por aqui ficamos…

Em conclusão, te digo que o Ibis Copacabana Posto 5 foi o melhor da rede Ibis em que me hospedei. Espero que ele seja bom para você também!

Após concluir a reserva, se prepare para ter uma excelente estadia na cidade que ainda é maravilhosa, apesar de todos os desafios que enfrenta!

Até mais!

 

Para saber mais:

 

Um roteiro de acessibilidade em Copacabana | Post de Laura Martins no site da rede Accor

Roteiro de acessibilidade em Copacabana | Post no Cadeira Voadora

 

Rodando pelo calçadão em direção ao Posto 6, já se descortina o Forte de Copacabana (Foto: Marta Alencar)

About Laura Martins

Laura Martins criou o blog Cadeira Voadora em 2011 para compartilhar suas experiências de viagem em cadeira de rodas. Para ela, viajar desenvolve inúmeras habilidades, nos faz menos intolerantes por conviver com as diferenças e ajuda a construir inclusão, porque as cidades vão ficando mais preparadas à medida que as pessoas vão se fazendo visíveis. Entre em contato pelo e-mail contato@lauramartins.net.

6 Comments

  1. Querida Laura agradeço a sua boa e divertida companhia e também a confiança para parceria no seu blog. Tenho aprendido muito sobre o que realmente é acessibildade.
    Agradeço também a cortesia/parceria da rede Accor ao Cadeira Voadora, onde pude desfrutar como companhia da Laura.

  2. Muito bom meninas, se eu soubesse que estavam aí teria parado pra dar um oi, passei por ai dia 16, como tenho irmãos em duque de caxias fiquei por lá, mas próxima vez já sei onde ficarei para testar, farei alguns posts dos lugares que visitei, realmente é fantástico o que fizeram com a cidade maravilhosa, parabéns pelo post, coloquei em nossa página!!

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