Jardim Botânico do Rio de Janeiro: dicas para cadeirantes

Passar o dia no Jardim Botânico é uma opção das mais agradáveis (Neste post há fotos minhas, identificadas com o selo da Cadeira Voadora, e de Marta Alencar, identificadas com o selo Alta Estima Fotografia Inclusiva)

Passar o dia no Jardim Botânico é uma opção das mais agradáveis (Foto: Marta Alencar)

 

Fundado em 1808, o Jardim Botânico do Rio é visita obrigatória. Vai agradar aos que gostam de passeio ao ar livre, com o bônus de receber o abrigo de árvores centenárias.

Crianças se divertem aos montes, com espaço à vontade para correr e brincar. Rende fotos impactantes, de lagos, fontes, árvores, flores e até do Cristo Redentor, que aparece no meio das copas frondosas.

Escolha ir lá se quiser receber um banho de frescor e se desapegar das densas energias do cotidiano estressante.

 

Correr para fazer um passeio destes é desperdiçar uma oportunidade... Devagar é melhor!

Correr para fazer um passeio destes é desperdiçar uma oportunidade… Devagar é melhor! (Foto: Marta Alencar)

 

 

Tudo explicadinho

 

Duração do passeio: Em minha opinião, vale reservar pelo menos três horas, a fim de conhecer o espaço sem pressa. Para ver tudo, é melhor voltar em outra ocasião, assim o passeio não fica cansativo para quem está em cadeira de rodas ou tem mobilidade reduzida. Leve em consideração que a cadeira vai trepidar em alguns locais, e sabemos que esse tipo de situação é desconfortável.

 

Como chegar: Como já contei aqui (veja o item 8), para ir ao Jardim Botânico de metrô, é preciso fazer a continuação do trajeto em ônibus, e somente 20% da frota estava adaptada à época. Uma opção possível é descer do metrô e pegar táxi ou Uber.

De carro também não é simples, porque não há estacionamento. Contudo, no site do local lemos a seguinte informação (consultada em 21/11/2019):

Para pessoas com severas dificuldades de locomoção (carro adesivado):

– estacionamento exclusivo (4 vagas), com entrada pela Rua Jardim Botânico, 1008

É permitida entrada de carros para embarque e desembarque de pessoas com dificuldades de locomoção (deficientes, idosos, grávidas) pelo portão da Rua Jardim Botânico, 1008.

Na mesma página, há mais informações a respeito de como estacionar na região.

 

Comer e beber:

No site do Jardim Botânico, há informações sobre as cafeterias disponíveis. Achei melhor não registrar nada a respeito, por causa da frequência em que ocorrem modificações. Então, clique aqui para ler.

 

Para pessoas com deficiência

 

O site informa que uma lei municipal (Portaria JBRJ nº 052/2016) garante a meia-entrada para pessoas com deficiência.

Além disso, há carrinhos elétricos disponíveis de segunda-feira a domingo, com saídas a cada 30 minutos:
segunda-feira das 13h às 16h30 / de terça-feira a domingo das 9h às 16h30

 

#dicadacadeira

Jamais saia do hotel – ou de casa – sem confirmar informações no site ou por telefone. Tenha em mente que as coisas sempre mudam.

 

Para ter acesso ao mapa do Jardim a fim de planejar sua visita, clique aqui.

 

Acessibilidade

 

Estivemos no Jardim Botânico em abril de 2016, mas, à época, ele estava longe de ser um modelo de acessibilidade, até por conta da falta de informações e sinalizações adequadas. Conseguimos, na bilheteria, somente mapa em inglês. A apresentação dos locais era confusa, e não conseguimos nos orientar por ele. Tivemos que pedir informações a guardas ou passantes diversas vezes.

Examinando o site hoje, 21/11/2019, para atualizar o post, vi que disponibiliza muitas informações sobre locais e trilhas, entre outras, mas não encontrei nada sobre acessibilidade. Se necessitar de outras informações além das que encontrará aqui, ou se desejar atualizá-las, sugiro que ligue para o parque. Os telefones estão informados abaixo, no Para Saber Mais.

E então, vamos conhecer o Jardim conosco? Continue a leitura!

 

Tina Descolada e eu entre as centenárias palmeiras imperiais. (Foto: Marta Alencar)

 

 

Passeando no Jardim Botânico

 

Aleias

O espaço é dividido por aleias, que são estradinhas com árvores nas laterais. No Jardim, elas são todas nomeadas, e por isso fica mais fácil localizá-las no mapa.

Os pisos são diversificados: alguns não têm calçamento, outros são calçados com pedras, outros têm pavimentação lisa. Então, o conforto do cadeirante vai ficar comprometido em alguns pontos. É recomendável que você vá acompanhado, ou que use algum equipamento motorizado, porque pode ser que não consiga tocar sua cadeira em algum trecho. Há recantos que podem ser inacessíveis para cadeirantes, por conta da declividade do terreno.

 

Respire fundo e curta muito o passeio pelas aleias! (Foto: Marta Alencar)

 

 

Jardim Sensorial

O Jardim Sensorial foi concebido para permitir que as plantas aromáticas e de diversas texturas possam ser tocadas pelos visitantes. As espécies são identificadas por placas em braile. Acessível também para cadeirantes, mas a entrada era uma rampa precária.

 

Vaso no Jardim Sensorial

Jardim Sensorial

Jardim Sensorial (Foto: Laura Martins)

Informação em braile no Jardim Sensorial (Foto: Laura Martins)

 

Outras paradas

 

Prepare a bateria do celular ou da máquina fotográfica. Se você é fotogênico, eu não sei. Mas o Jardim Botânico sai bem na foto – isso posso garantir!

 

O Chafariz das Musas é uma das atrações e fica no centro do parque. (Foto: Laura Martins)

Belo lago com vitórias-régias (Foto: Laura Martins)

 

Fomos domingo pela manhã, que parece ser o dia de predileção de fotógrafos de noivas e crianças, em uma alegre disputa pelos recantos que rendem as melhores fotos...

Domingo pela manhã parece ser o dia de predileção de crianças e fotógrafos de noivas, que disputam os recantos que rendem as melhores fotos… Foi duro conseguir uma vaga… rs

 

 

Para saber mais

 

Jardim Botânico do Rio de Janeiro: Rua Jardim Botânico, 920 e 1008 | (21) 3874-1808 / 3874-1214.

No site Viaje na Viagem

Para mais posts sobre o Rio no Cadeira Voadora, clique aqui.

 

Tina e eu curtindo o barulho da fonte

Curtindo o barulho da fonte, super relaxante… (Foto: Marta Alencar)

 

 

About Laura Martins

Laura Martins criou o blog Cadeira Voadora em 2011 para compartilhar suas experiências de viagem em cadeira de rodas. Para ela, viajar desenvolve inúmeras habilidades, nos faz menos intolerantes por conviver com as diferenças e ajuda a construir inclusão, porque as cidades vão ficando mais preparadas à medida que as pessoas vão se fazendo visíveis. Entre em contato pelo e-mail contato@lauramartins.net.

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