Newcastle: onde comer, comprar e encontrar banheiro adaptado

Em Newcastle, é possível encontrar restaurantes com acessibilidade e boa comida, como vc verá neste post! (Todas as fotos pertencem ao acervo da Cadeira Voadora, exceto quando indicado.)

Em Newcastle, é possível encontrar restaurantes com acessibilidade e boa comida, como vc verá neste post!
(Todas as fotos pertencem ao acervo da Cadeira Voadora, exceto quando indicado.)

 

Este é o terceiro post da série sobre intercâmbio. No primeiro, falei sobre como você pode montar seu programa de intercâmbio ainda que use cadeira de rodas. No segundo, te dei 7 razões para escolher a cidade de Newcastle upon Tyne e falei também sobre os rolezinhos obrigatórios, afinal vc não vai só para estudar, não é mesmo? E agora, complemento as informações sobre a cidade: onde comer, comprar e… ir ao banheiro!

Isso mesmo! Afinal, se vc usa cadeira de rodas, uma das informações mais importantes que precisa ter é para onde correr em caso de necessidades que não podem esperar. E, como não temos condições de entrar em qualquer banheiro, esta é uma informação que vale ouro, concorda?

Finalizando o post, comento os possíveis problemas que poderá enfrentar em Newcastle e compartilho algumas dicas simples, para vc não cometer as mesmas bobagens que eu…

 

Onde comer

 

O que não falta em Newcastle é lugar onde fazer refeições, desde o tradicional fish and chips (peixe com batata frita), campeão de audiência britânico, até culinária internacional – e até mesmo comida no estilo medieval. Mas o que queremos mesmo é saber onde a cadeira de rodas entra. E, de preferência, onde também se pode usar o banheiro. No meu caso, como não como carne vermelha, e sou intolerante a laticínios, a situação não fica nem um pouco simples… =(

 

Mapa para o almoço: marquei de amarelo o trajeto que vc fará da escola até a Debenhams. De azul, passando por dentro do shopping para chegar até o Grainger Market. A linha cor-de-rosa indica a Grey Street, onde vc pode passear e encontrar mais restaurantes acessíveis.

Mapa para o almoço: marquei de amarelo o trajeto que vc fará da escola até a Debenhams. De azul, passando por dentro do shopping para chegar até o Grainger Market. A linha cor-de-rosa indica a Grey Street, onde vc pode passear e encontrar mais restaurantes acessíveis (Clique na imagem para ampliá-la)

 

Grainger Market

O mercado central de Newcastle, que fica perto da escola (falo dela no próximo post), tem várias entradas, todas sem degraus. No site, há informações de que o local dispõe de banheiro acessível, mas eu não vi. Não abre domingo, ao contrário do que acontece com os shoppings.

No local, encontramos alguns lugares onde comer, a maioria acessível a cadeira de rodas, porque as mesinhas com cadeiras não ficam em áreas internas, mas na arcada, um espaço amplo coberto por arcos.

Comi duas ou três vezes no Oliver’s Bistro-Café, porque tem no cardápio itens sem carne vermelha e sem lactose, e alguns pratos vêm acompanhados de salada de folhas. Além disso, os preços são muito em conta (as jacket potatoes, batatas assadas com casca e recheadas com alguma gororoba, acompanhadas de salada, ficavam em cerca de £5). Porém, não espere qualidade; a comida não estava lá essas coisas. Trata-se de um quebra-galho, com um atendimento apenas razoável. Mas não deixa de ser um local agradável, de onde se pode ver o movimento do mercado.

 

Vitrine do French Oven: perdição. (Imagem retirada do Google)

Vitrine do French Oven: perdição. (Imagem retirada do Google)

 

Em frente, está a French Oven, uma padaria francesa, onde algumas vezes comprei lanche para levar para o hotel. Os pães são deliciosos, e eles têm itens veganos, como quiches, por exemplo. Tudo que comprei lá estava ótimo, e nada tinha preço proibitivo.

Aproveite que está no Grainger e compre frutas em uma das inúmeras bancas, para o seu lanche da tarde ou da noite. Lá também vc compra desde roupas até pilha, cadeado para mala ou adaptador de tomada. E algumas lojas têm desconto para estudante.

 

Grainger Market em foto de Phill Williams | www.geograph.org.uk

Arcada do Grainger Market, em foto de Phill Williams | www.geograph.org.uk

 

Debenhams

Trata-se de uma famosa loja de departamentos do Reino Unido. Pronuncia-se /dêbenams/. Fica bem perto da escola.

Tabela mostra quais itens podem ser consumidos, naquele dia, por pessoas alérgicas

Tabela mostra quais itens podem ser consumidos, naquele dia, por pessoas alérgicas

Há uma agradável cafeteria no piso térreo, totalmente acessível. Fui lá várias vezes, porque tinham sopa! Há! Enfim, comida barata, sem carne e sem lactose… rsrs

Além disso, está afixada uma relação com os itens sem glúten e sem lactose de que dispõem.

Como no Oliver’s, não há garçons; a gente paga os itens no caixa, e depois o pessoal leva na mesa. Os atendentes sempre foram muito simpáticos.

Não me lembro mais em qual andar, há um restaurante da mesma rede. Além das sopas e sanduíches, há um balcão onde, por um preço fixo, vc tem direito a uma carne (oferecem duas: de porco e de peru) e vários acompanhamentos, em geral batata, batata e batata. Isso mesmo. Eles amam batatas. Estão disponíveis alguns legumes, mas nada de folhas.

Os preços são muito razoáveis. As sopas custam menos de £4, e o buffet fica em menos de £8. Abre domingo e tem banheiro acessível no primeiro piso, praticamente ao lado da cafeteria, onde a chave deve ser solicitada.

 

Fenwick | Café 21

Outra loja de departamento da cidade, com artigos caros, de grife, mas com um restaurante/cafeteria acessível para qualquer bolso, pelo menos de vez em quando.

No primeiro andar, sanduichinhos; no segundo, scones, geleia e creme; no terceiro, doces e tortas. Hummmmm! (Imagem retirada do site do Café 21)

No primeiro andar, sanduichinhos; no segundo, scones, geleia e creme; no terceiro, doces e tortas. Hummmmm!
(Imagem retirada do site do Café 21)

Almocei lá uma vez, e fui uma outra vez com amigos que foram me visitar no primeiro fim de semana, ocasião em que pedimos um afternoon tea completo e não nos decepcionamos. O chá da tarde inglês é uma instituição e deve ser experimentado, e no Café 21 os itens são deliciosos, desde os finger sandwiches até os doces e tortas.

O atendimento é muito bom, acima da média. A comida também é boa, mas não há no cardápio itens sem lactose, embora eles tenham se colocado totalmente disponíveis para modificar o prato. Mas vou confessar: ficou bastante sem graça…

Ao lado, no mesmo piso, tem banheiro acessível. A chave deve ser solicitada.

É bom fazer reserva nos fins de semana. E, em qualquer hipótese, com reserva ou não, ao chegar aguarde o host. Como acontece em Nova York, não vá entrando. O host verificará a disponibilidade de mesas e lhe indicará a mais adequada.

Não me lembro em que andar fica o Café 21, mas isso dependerá da entrada que você escolher, pois há várias. Há indicações dentro dos elevadores.

 

Starbucks

Na cidade há várias cafeterias desta rede. Há os que não gostam; eu sou das que apreciam. Sanduíches, bolos, biscoitos, cafés variados, chás e sucos estão à disposição.

 

La Tasca

Também é uma rede, e é possível fazer reserva pela internet. Trata-se de um bar de tapas e restaurante espanhol que fica no Quayside, perto do hotel onde me hospedei.

Fui duas vezes; uma com os amigos que foram me visitar, outra sozinha. Tudo estava muito bom: tapas, paella, sangria… O atendimento também é excelente, e o preço bom. No sábado à noite estava particularmente divertido, com um dançarino engraçado que convidava os clientes a se aventurar em alguns passos de dança.

A entrada é acessível, feita por rampa suave, lateral. Não me lembrei de verificar a existência de banheiro adaptado.

 

La Tasca une alto astral e boa comida...

La Tasca une alto astral e boa comida…

 

Jamie’s Italian

Queria muito comer neste restaurante, que faz parte de uma das redes do chefe-celebridade inglês Jamie Oliver, que eu adoro, por causa do estilo despojado. Deixei para falar dele por último porque foi o restaurante de que mais gostei em Newcastle (veja bem: não fui a restaurantes caros nem famosos; este foi minha maior aventura, já que o orçamento estava apertado).

Fomos Guile, Jérome e eu, para o almoço de domingo, a fim de fechar, de forma muito agradável, o fim de semana que passamos juntos.

Reserve pela internet, chegue no horário e se dirija ao host. O restaurante é acessível, incluindo o banheiro, que é muito bom. O atendimento é gentil, muito simpático, o ambiente é bonito, criativo, agradável.

No mesmo modelo das demais casas da rede, servem apenas carne de animais criados soltos e priorizam os ingredientes orgânicos. E bola dentro: há itens veganos!

Estava tudo muito gostoso, e o preço é muito em conta. No site, vc encontra o cardápio com os preços. Adoro isso, gente!!!!

Este restaurante ficou no meu coração, porque dois dos funcionários amenizaram enormemente um grande desafio que enfrentei. Minha scooter ficou sem bateria após os meninos terem ido embora. Voltei ao restaurante, pedi ajuda ao host, e ele prontamente se colocou à disposição para chamar um táxi para mim.

Contudo, o que pensamos que seria fácil, demorou mais de duas horas!!! Domingo, no horário do almoço, é difícil encontrar táxi em Newcastle; mais difícil ainda encontrar um que fosse adaptado e em que coubesse a scooter… Ela até caberia em alguns carros, ainda que não fossem adaptados, mas dependeríamos da boa vontade (e da força) do taxista para colocar a scooter no porta-malas; afinal, ela não é leve. Mas o host não desistiu e ainda ficava me acalmando, dizendo que não me preocupasse, que iríamos acabar encontrando um táxi. Um garçom também ajudou muito, sugerindo outros números para onde ligar, além das tradicionais companhias, e até trazendo água com gelo e rodelas de limão para me acalmar.

Nota 10 para o restaurante, que fica perto da escola (a rua, que é a mais chique do centro, é uma continuação da Gallowgate St) e em frente ao Monument.

 

Jamie's Italian: o meu preferido!

Jamie’s Italian: o meu preferido!

 

Onde comprar

 

No centro de Newcastle é possível achar lojas para todos os bolsos, para comprar de tudo: cosméticos, roupas, medicamentos, calçados, artigos de papelaria. Fique atento, porque algumas oferecem descontos para estudantes; basta apresentar a carteirinha da escola.

Supermercado: eu sempre comprava na rede Tesco, porque tem uma unidade bem perto da escola e o preço é muito bom.

Farmácias: nos shoppings, e mesmo na rua, é possível encontrar a mesma rede de farmácia, no estilo loja de conveniência. No bairro do hotel, há uma farmácia com cara de farmácia, inclusive com farmacêutico.

Miscelênea: compre na loja Poundland, que vende tudo por 1 Pound.

Vestuário: na cidade há uma infinidade de lojas de vestuário, desde grandes grifes internacionais até roupas baratinhas, para fazer a alegria dos shopaholics no estilo Becky Bloom.

Na Fenwick, uma loja de departamentos de luxo, quem estiver com o bolso mais cheio pode comprar as melhores grifes, como Miu Miu, Prada ou Armani. Também encontramos cosméticos, calçados e acessórios.

Na H&M, os preços são baixos, mas a qualidade pode não ser muito boa. Por isso, é bom prestar atenção para não ficar empolgado demais e trazer roupas descartáveis. Com paciência, é possível encontrar itens melhores, mas com o preço também um pouquinho mais alto.

Na Debenhams os produtos têm maior qualidade que nas lojas baratinhas, e preço médio. A loja mais barata é a Primark, sem sombra de dúvida. A qualidade varia, por isso preste atenção. Lá, você pode comprar coisas muito bonitas, mas também verá muita coisa sem nenhum atrativo e sem qualidade. Fique de olho nas excelentes meias de inverno e nos cachecóis, por exemplo.

As lojas não costumam ter banheiro, com exceção da Fenwick e, evidentemente, dos shoppings. Comprei roupas apenas na Primark, portanto só poderei falar do provador desta loja. Na seção feminina, há um para pessoas em cadeira de rodas ou scooter, imenso, com barras, poltrona, ganchos para pendurar roupas em boa altura, bons espelhos.

 

O provador da Primark é acessível. Como as paredes são pretas e brilhantes, a foto não ficou boa. Mas é possível ver as barras de segurança, os ganchos para pendurar as roupas em altura adequada e a cordinha vermelha para alarme, em caso de acidentes.

O provador da Primark é acessível. Como as paredes são pretas e brilhantes, a foto não ficou boa. Mas é possível ver as barras de segurança, os ganchos para pendurar as roupas em altura adequada e a cordinha vermelha para alarme, em caso de acidentes.

 

Não há prioridade para pessoas com deficiência, e apenas em um dos andares da Primark (acho que o 3º) encontrei um caixa destinado a esse público.

Há dois shoppings imensos no centro da cidade,  intu Eldon Square e  intu Metrocentre. Algumas das lojas que citei ficam em shopping, como é o caso da Debenhams. Neles há restaurantes, cafeterias, lojas com produtos naturais, cosméticos, papelaria e as lojas convencionais de roupas, calçados e itens domésticos. No Eldon Square, alguns corredores são, na verdade, grandes rampas; é muito estranho…

Livros: curiosamente, não há muitas livrarias em Newcastle, e livros são muito caros no Reino Unido, particularmente numa época de câmbio tão desfavorável para quem recebe o salário em real. Mas uma dica de um dos meus professores é recorrer às charity shops, que são lojas de organizações sem fins lucrativos, que recebem doações e vendem inúmeros artigos por um preço muito em conta. Eles costumam oferecer livros a 1 pound. Uma dessas lojas fica praticamente ao lado da entrada do intu Eldon Square, na Clayton Street, e se chama British Heart Foundation. Mas há muitas outras. 😉

 

Siga a linha amarela para ir da escola até um dos shoppings. Passando por dentro dele, vc chegará até a rua onde estão a K&M e a Primark (linha verde). Também é possível passar pelo lado externo, é claro! A linha rosa indica o trecho onde está a Fenwick e o Jamie's.

Siga a linha amarela para ir da escola até um dos shoppings. Passando por dentro dele, vc chegará até a rua onde estão a H&M e a Primark (linha verde). Também é possível passar pelo lado externo, é claro!
A linha rosa indica o trecho onde está a Fenwick e o Jamie’s. A estrela indica o Monument.

 

Transporte

 

Optei por usar táxi pelas seguintes razões:

  • Tive notícias, pesquisando na internet, de que o metrô é totalmente acessível para cadeirantes, mas não era compensador para mim, porque o hotel era muito perto da escola. Ir do hotel até a estação de metrô era a metade da distância até a escola.
  • Não usei ônibus, porque precisaria percorrer dois quarteirões do hotel até o ponto, e a rua é muito íngreme. Em tese, eu poderia ter ido de scooter, mas nem todos os ônibus são adaptados (somente 70% da frota), e as scooters não cabem em todos. Além disso, ela não entra no banheiro da escola.
  • Os ônibus Quaylink têm 100% da frota acessível, mas os pontos mais próximos do hotel se localizam no Quayside, e o trajeto de um ponto a outro é impraticável por cadeira manual (a não ser com “empurradores” de braços fortes), por causa das ladeiras.

Então, eu usava táxi e, ao voltar para o hotel, pegava a scooter para passear. Algumas vezes chegava a voltar para a região da escola, mas passando pelo Quayside, porque não encontrei um trajeto acessível em linha reta.

 

Táxis adaptados

Em Newcastle, há táxis adaptados (Doblòs ou vans), mas são em pequeno número. Por isso, no horário do rush, não são fáceis de encontrar. Porém, em outros horários, podem ser encontrados nos pontos de táxi do City Center, perto da Debenhams, por exemplo. Em quase nenhum a scooter entra, somente a cadeira de rodas manual.

Apesar de a cidade ser pequena, o trânsito é difícil no horário de pico (manhã, almoço e fim de tarde), porque as ruas são estreitas, e a maioria tem mão única.

Peguei táxi de segunda a sexta, durante as três semanas que passei na cidade. De modo geral, os motoristas foram gentis e prestativos, até mesmo simpáticos, tanto os locais quanto os estrangeiros. Um deles, por exemplo, chegou a apanhar meu sapato, que tinha se soltado do pé, e o calçou para mim. Alguns iniciavam um bate-papo e não se importavam quando eu dizia que não falava inglês muito bem, que era uma estudante e estava aprendendo. Dois deles chegaram a me dizer que eu não precisava me desculpar por isso, afinal eles também não falavam português.

Mas cerca de 30% dos motoristas representaram uma exceção no que diz respeito à gentileza e simpatia dos Geordies… Não cumprimentavam, eram secos e até mesmo mal-educados.

Um deles chegou a ser bastante rude comigo, quando reclamei que o preço tinha ficado muito mais alto que nos outros dias (ficou em £7,50, quando o comum era entre £4 e £4,50). Além de ter me recebido no hotel com o taxímetro ligado (o que não está correto; lá, o taxímetro é ligado na hora, mesmo que o táxi seja agendado), ele ainda deu voltinhas e mais voltinhas. Mas foi irredutível, o que me levou a fazer uma queixa na empresa e dizer que não agendaria mais táxi lá.

Infelizmente – como em qualquer outro lugar do planeta, ao que parece – vários foram os que, alegando não conhecer o caminho, ficavam dando voltas. Chega a ser risível um motorista local alegar que não sabe o caminho, porque a cidade é pequena, tanto a escola quanto o hotel ficam em regiões movimentadas e conhecidas, e a distância entre um e outro não chega a 2km. Eu não conseguia explicar o caminho em inglês porque não era simples: havia muitas curvas, rotatórias, ruas de mão única… Quando eu tentava mostrar o mapa no Google Maps, alguns diziam que não era necessário, porque eram experientes no trânsito. Ai, meu Deus…

Os taxistas foram a nota dissonante em Newcastle, mas nada que inviabilize sua opção por eles.

 

Dicas para pegar táxi

  • Após ter problemas com os táxis agendados pelo hotel, a escola passou a agendar para mim, pela companhia Blueline (0191 262 6666). Não tive mais problema, porque, como era a escola que agendava, eles jamais alegavam não conhecer o trajeto. Sugiro esta companhia.
  • Aprenda a explicar, em inglês, como dobrar sua cadeira de rodas. Isso vai evitar inúmeras problemas.
  • Aprenda logo a reconhecer aquela variedade abusiva de moedas de libras, porque alguns motoristas são impacientes, porém não me pareceram desonestos. Aparentemente, pelo menos, sempre foram corretos com o troco (levei cerca de duas semanas para me acostumar com as benditas moedas)…
  • Na medida do possível, aprenda a explicar o trajeto em inglês.
  • Verifique se há aplicativos para chamar táxi e os instale, e isso vale para qualquer viagem que fizer, nacional ou internacional. Instale também o Uber.
  • Peça recibo. Assim, você tem como comprovar o valor e a distância e pode informar nome do motorista e placa, no caso de precisar fazer alguma queixa.

 

Dicas para alugar e sair com a scooter

  • Aluguei com o Jay, um rapaz muito gentil, que te explica tudo com paciência. Não mandei e-mail; telefonei, para acelerar o processo e fazer logo todas as perguntas de que necessitava. Ele cumpriu o horário para entrega (aliás, até chegou antes do combinado) e também para a busca.

DLD Wheelchair Rental | 0191 261 0007 | Celular: 0770853 98 365

(Use o +55 se estiver ligando do Brasil. O código do Reino Unido é 44.)

  • Recarregue a scooter durante a noite, todas as noites, para não ficar sem bateria, como aconteceu comigo.
  • Nunca saia sem o cabo de alimentação.
  • A scooter tem um adesivo com o fone da loja, mas é melhor tê-lo no seu celular também.

 

Dicas para não passar perrengues

  • Além de todos os lugares que citei onde se pode encontrar banheiro adaptado, vc também vai achá-los no Baltic Centre e no Sage Gateshead.
  • Cuidado ao atravessar a rua! A mão inglesa é invertida.
  • Você pode tomar água da torneira; ela é potável. E todos os restaurantes fornecem água da torneira (tap water) gratuitamente, alguns até mesmo sem que vc peça.
  • Gorjetas não são obrigatórias. Alguns restaurantes cobram 10% de serviço.
  • Na cestinha da scooter, que tal colocar uma garrafa de água mineral, um lanchinho e um agasalho? Uma pessoa prevenida vale por muitas!
  • Leve um adaptador de tomadas – ou compre lá. É baratinho. No Reino Unido é utilizada uma tomada de padrão único, presente somente por aquelas bandas.
  • A voltagem é 240v. Não adianta levar seu secador de cabelos, a não ser que compre um transformador de voltagem…
  • Para se informar sobre tomadas, interruptores (que também são diferentes) e por aí vai, clique aqui.

Hoje fico por aqui. Haverá o terceiro post sobre a cidade, no qual falarei sobre a escola, o hotel, o aeroporto e a companhia aérea. E, por fim, farei um post sobre Londres. Até mais!

 

Para saber mais:

 

Acessibilidade em Newcastle

Acessibilidade no transporte em Newcastle

Planeje sua viagem de ônibus em Newcastle

 

É muita coisa para uma pessoa só! rs

É muita coisa para uma pessoa só! rs

 

 

About Laura Martins

Laura Martins criou o blog Cadeira Voadora em 2011 para compartilhar suas experiências de viagem em cadeira de rodas. Para ela, viajar desenvolve inúmeras habilidades, nos faz menos intolerantes por conviver com as diferenças e ajuda a construir inclusão, porque as cidades vão ficando mais preparadas à medida que as pessoas vão se fazendo visíveis. Entre em contato pelo e-mail contato@lauramartins.net.

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