Os países mais felizes do mundo e as pessoas com deficiência

No Dia Internacional da Felicidade, como estarão as pessoas com deficiência?

 

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Hoje é comemorado o Dia Internacional da Felicidade. E exatamente hoje foi lançado, pelas Nações Unidas, o World Happiness Report 2017, que classifica 155 países por seus níveis de felicidade. O primeiro relatório foi publicado em 2012 e vem ganhando reconhecimento global à medida que governos, organizações e sociedade civil usam cada vez mais indicadores de felicidade para tomar decisões.

Em 2015 a ONU lançou 17 Metas de Desenvolvimento Sustentável em apoio à busca pela felicidade. O objetivo é acabar com a pobreza, reduzir a desigualdade e proteger o planeta – três aspectos-chave que levam ao bem-estar e, como consequência, à felicidade.

Mas há quem diga que a felicidade é subjetiva. Sem dúvida, mas há também uma ciência que se aplica em estudá-la.

Na intenção de medi-la, são propostos seis fatores: PIB per capita; anos saudáveis de expectativa de vida; apoio social (quando se tem alguém com quem se pode contar nos momentos de dificuldade); confiança (medida por uma percepção de que não há corrupção no governo e nos negócios); percepção de liberdade para tomar decisões; e generosidade (medida por doações recentes). Os dados foram coletados a partir de levantamentos em 156 países e levaram em consideração pessoas que avaliaram suas vidas em uma escala de 0 a 10.

Os top 10 deste ano são os mesmos do relatório do ano passado, mas houve mudanças de posição. Por exemplo, o Brasil caiu seis posições desde 2015, saindo do 16o para o 22o lugar.

 

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Canadá é um dos mais felizes…

 

 

  1. Noruega (7.537)
  2. Dinamarca (7.522)
  3. Islândia (7.504)
  4. Suíça (7,494)
  5. Finlândia (7.469)
  6. Países Baixos (7.377)
  7. Canadá (7.316)
  8. Nova Zelândia (7.314)
  9. Austrália (7.284)
  10. Suécia (7,284)
  11. Israel (7.213)
  12. Costa Rica (7.079)
  13. Áustria (7.006)
  14. Estados Unidos (6.993)
  15. Irlanda (6.977)
  16. Alemanha (6.951)
  17. Bélgica (6.891)
  18. Luxemburgo (6.863)
  19. Reino Unido (6.714)
  20. Chile (6.652)
  21. Emirados Árabes (6.648)
  22. Brasil (6.635)

 

O PIB per capita é muito importante para a felicidade, mas não é só ele que influencia a percepção.

Por exemplo, embora os Estados Unidos tenham um nível de desenvolvimento econômico mais elevado que os cinco países nórdicos no topo da lista (Dinamarca, Finlândia, Islândia, Noruega e Suécia), ainda assim eles obtiveram menores índices, por causa de problemas com a liberdade pessoal, o suporte social e os índices de corrupção.

 

E, infelizmente, há um fundo triste para a lista:

  1. Ruanda (3.471)
  2. Síria (3.462)
  3. Tanzânia (3.349)
  4. Burundi (2.905)
  5. República Centro-Africana (2.693)

O relatório é produzido pela Rede de Soluções de Desenvolvimento Sustentável (SDSN).

 

E as pessoas com deficiência, como ficam?

 

Não estou trazendo esses dados por acaso, nem por uma questão de curiosidade. O meu ponto é: será que pessoas com deficiência foram entrevistadas? Não conseguimos descobrir.

E se fossem, os resultados seriam semelhantes? O que você acha? O que é realmente importante para se ter uma sensação de felicidade?

Acredito que para a pessoa com deficiência os resultados não seriam diferentes: quem dera todos nós tivéssemos acesso a anos saudáveis de expectativa de vida; que bom se todos tivéssemos alguém com quem contar nos momentos de dificuldade, especialmente na velhice (se não os familiares, pelo menos assistência social); que fabuloso seria se todos tivéssemos tecnologia à disposição (que pudéssemos comprá-la ou que fosse fornecida pelo Estado) e por aí vai.

Dá o que pensar, não é mesmo?

Que cada um de nós possa se colocar na luta, da forma que puder ou que achar melhor, em busca desse nível de bem-estar para a comunidade. Trata-se de construção passo a passo. Vamos juntos.

 

Fonte: CicloVivo

 

About Laura Martins

Laura Martins criou o blog Cadeira Voadora em 2011 para compartilhar suas experiências de viagem em cadeira de rodas. Para ela, viajar desenvolve inúmeras habilidades, nos faz menos intolerantes por conviver com as diferenças e ajuda a construir inclusão, porque as cidades vão ficando mais preparadas à medida que as pessoas vão se fazendo visíveis. Entre em contato pelo e-mail contato@lauramartins.net.

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