Conheça a mãe que criou uma organização e está lutando para que os aviões sejam acessíveis para cadeirantes!

Esta é Michele Erwin, a mãe que está buscando revolucionar a acessibilidade em aeronaves (imagem e vídeo: BBC)

Aviões acessíveis ainda são um sonho distante, lamentavelmente.

Veja: após passar pelo finger (ou ponte de embarque), sempre resta um degrau a ser transposto. E, de modo geral, não é possível passar diretamente da própria cadeira de rodas para a poltrona da aeronave. Primeiro, temos de fazer a transferência para uma cadeira de transbordo, que, sinto muito, só comporta uma pessoa magra e é muito insegura para qualquer pessoa com deficiência de mobilidade. E é só depois dessa aventura que fazemos a transferência para o assento.

Os banheiros estão cada vez menores; já faz tempo que não viajo em aeronaves com toaletes que possam ser unidos um ao outro para ficarem mais acessíveis. Isso tudo tem me preocupado, porque as cidades estão ganhando acessibilidade, mas como chegar até elas quando precisarmos vencer grandes distâncias?

Foi então que, no dia 14/12/2017, vi esta postagem da BBC. Achei tão impactante, e me deu tanta esperança, que desejei compartilhar com vocês.

Ainda não estava traduzida, mas meu irmão realizou este trabalho para nós. Porém, não tive tempo de inserir as legendas no vídeo, pelo que sinto muito. Mas vamos ao que temos para hoje, não é mesmo?

Na imagem, uma cadeira de rodas se encaixa entre as poltronas da aeronave e é fixada com cintos de segurança. Será esta a solução? Acompanhe no vídeo abaixo.

One woman’s campaign to make planes wheelchair-accessible

Este é o filme publicado pela BBC, produzido por Richard Kenny. É possível encontrar a publicação original na página da BBC no Facebook, aqui.

A tradução feita por meu irmão está após o vídeo.

Para cadeirantes, viajar de avião pode se tornar um pesadelo.

Você não pode permanecer na sua própria cadeira…

E os assentos normalmente não proporcionam o apoio adequado

De forma geral, eu nunca tive uma boa experiência.

Você é uma carcaça velha sendo jogada em outro assento.

Duas cadeiras minhas quebraram… cadeiras quebram.

Com frequência sou deixada em aviões por quase duas horas

Porque eles não encontram minha cadeira de rodas.

Mas esta ativista está enfrentando a indústria da aviação

Talvez eu não soubesse o quanto seria difícil

Mas para toda porta que se fecha, outras duas se abrem

A solução poderia ser simples assim?

Cadeiras de rodas no céu?

Michele Erwin trabalhava na indústria de moda nos EUA, mas ela largou tudo por causa do filho.

“Meu filho Greyson tem 10 anos. Ele tem uma doença neuromuscular chamada atrofia muscular espinhal.

Ele é encantador e espirituoso. Ele sorri e faz você sorrir.

Mas é muito arriscado para ele voar sem sua cadeira.

A gente já não viaja mais com ele, por causa dos riscos à sua segurança.

Mas eu sei que, se tivermos um lugar pra cadeiras de rodas nos aviões, nós aproveitaríamos para viajar com nosso filho outra vez.”

Em 2011, ela começou uma campanha para tornar os aviões acessíveis, o que já ocorreu em muitos ônibus, trens e táxis, mas não em aeronaves.

Teme-se que as cadeiras de rodas possam representar um risco em caso de acidentes.

Muitas pessoas estão pensando em uma solução.

Este design faz um assento de avião virar uma cadeira de rodas.

Mas, pela solução proposta por Michele, você permaneceria em sua própria cadeira de rodas.

O lugar pra cadeiras de rodas nos aviões seria semelhante aos que existem em ônibus.

Você poderia embarcar com a cadeira e travá-la no chão.

E você seria levado ao seu destino sem sair de sua cadeira de rodas.

Ela mandou fazer testes de colisão, que atenderam aos critérios das autoridades americanas.

Michele foi ao Reino Unido para mostrar os resultados para a indústria de aviação. É uma conferência realizada pela Virgin Atlantic

Por que é algo tão difícil de resolver?

Não se trata apenas das empresas aéreas, mas também dos fabricantes de aeronaves, dos fabricantes de assentos, de quem constrói as cadeiras de rodas.

Temos que trabalhar todos juntos para assegurar que seja seguro para todos.

IATA (Associação Internacional de Transporte Aéreo) – nos informou que, diferentemente de outros meios de transporte, assentos de aviões têm que atender a critérios rigorosos de segurança que incluem resistência a muitas vezes a força da gravidade.

Mas Michele acredita que há uma solução iminente.

“Seria um dia emocionante para mim se meu filho pudesse voar outra vez. E o trabalho duro dos últimos sete anos teria valido a pena.”