Visitei Curitiba em setembro de 2014 e escrevi quatro posts relatando a experiência, com muitas fotos. Vem comigo conhecer o Jardim Botânico!

Minha mãe e eu estamos na entrada do Jardim Botânico. Atrás de nós, os arcos; no fundo,
a bela estufa de vidro e metal. Deu pra notar que fomos presenteadas com um céu lindo?
Seguramente o Jardim Botânico é uma das maiores atrações de Curitiba. Me parece difícil alguém não se encantar pelos jardins bem-cuidados e pela bela estufa de vidro e metal.
Inaugurado em 1991, funciona como centro de pesquisas e contribui para a preservação da natureza, a educação ambiental e é uma excelente opção de lazer. É acessível para cadeirantes, apesar de que o terreno é acidentado. Em alguns pontos será necessário recorrer a ajuda para se locomover com cadeira manual.
Chegamos lá usando a Linha Turismo, da qual falarei no próximo post. Há rebaixamentos de calçada no ponto de ônibus. Para acessar a estufa, pegue a trilha lateral, já que, pela frente, o acesso é feito por escadas.

Estou em frente à entrada da estufa. Notou as escadas? Não se preocupe. Há uma trilha lateral, acessível para quem se locomove com rodas ou muletas… Veja abaixo.
Há lanchonete, mas tem degrau na entrada. Estranhei, porque tudo o mais no Jardim Botânico é acessível…
Sim, tem banheiro acessível, localizado perto da estufa. E estava muito limpo.
Exemplares vegetais do Brasil e de outros países (cerejeiras!) estão espalhados pelas belas alamedas, e espécies tropicais estão localizadas na estufa. Também encontramos borboletas e animais silvestres circulando livremente nas partes mais internas do parque e nos lagos.

Esta bela estátua se chama Amor Materno e está na alameda central, em frente à estufa.
A foto é de Samir Nosteb e está na Wikipédia (licença CreativeCommons)
A estufa é uma bela construção em estilo art nouveau, inspirada no Palácio de Cristal de Londres, do século XIX. Do seu interior temos uma bela vista do jardim em estilo francês. Para o piso superior, o acesso é feito por escadas.
Uma dica: assim que o cadeirante chegar à estufa, vindo pela via acessível, deparará com uma pontezinha. Recebi ajuda para transpô-la, mas depois descobri que era suficiente ter acessado a estufa por trás, onde há uma entrada acessível. No interior da construção, há outro obstáculo para as cadeiras de rodas: o mesmo “riozinho”, com umas pedras. Meia volta, volver! Circule a estufa pelo outro lado!

Epa! Ao chegar à entrada da estufa, você deparará com uma pontezinha.
Se não quiser se aventurar, entre por trás da construção. É acessível.
A construção é linda. Prepare-se para fazer boas fotos. E o interior, climatizado, rende um bom descanso se houver aquele sol inclemente! Do lado de fora, alguns bancos permitem um momento de parada e de contemplação da bela construção e dos jardins.

Observe que um “riozinho” atravessa a estufa. Tanto por dentro como por fora, isso se transforma num obstáculo
para as rodas. Não tem problema: do lado de fora, basta circular a estufa por trás; na parte interna, retorne.

Esta trilha circula todo o interior da estufa. As pedrinhas não estão soltas,
e por isso não oferece dificuldade para tocar as rodas.
Do lado de trás da estufa, um nível abaixo, está situado o Espaço Cultural Frans Krajcberg, com a exposição permanente de obras do grande artista Frans Krajcberg. A principal finalidade do espaço é, de acordo com o artista, a conscientização ambiental. Mil vezes infelizmente, o espaço estava desativado, por falta de manutenção; estava sem várias de suas telhas. Lamentável, porque gostaria muito de ter visto as obras; sou fã do Krajcberg.

Se observar bem, verá que a cobertura do Espaço Krajcberg está danificada. Faltam várias “telhas”. Possivelmente por isso o local estava fechado.
Continue passeando e vá até o lago, atravessado por uma ponte. Faça o percurso e aproveite para observar as tartarugas às margens do rio, os animais aquáticos e a bela paisagem.
Retornamos pela mesma ponte, já que a rampa do lado oposto é muito íngreme. E então nos dirigimos ao Jardim das Sensações, que eu queria muito conhecer. Infelzmente, para chegar até ele, você terá de enfrentar a parte mais íngreme do parque, não importa a trilha que escolha. Mas acho que valerá a pena!
Encontramos as seguintes informações no site do Jardim Botânico:
“O Jardim das sensações é um espaço delimitado por cerca viva, onde os sentimentos do visitante são tentados, por meio do contato direto com plantas de diferentes formas, texturas e aromas.Através da cerca e do túnel vegetal é possível ver as cores da natureza, sentir com as mãos a textura, a forma e o tamanho das plantas, ouvir o som da cascata e do vento, sentir o perfume das flores e da vegetação.O percurso pode ser feito com os olhos vendados ou não.”
Não é necessário vendar os olhos; para cadeirantes, não seria prudente, né? Apenas os feche nos momentos em que se sentir inspirado e em segurança. E então toque as flores, as folhas, as sementes; muitos exemplares desprendem perfume, como a lavanda – ou a arruda!
Se estiver acompanhado, converse baixinho, para poder perceber os sons. É um local muito agradável, particularmente se você der a sorte, como aconteceu conosco, de encontrá-lo quase vazio. Esta é uma das grandes vantagens de viajar em baixa temporada, vai por mim!

Esta é a entrada do Jardim das Sensações. Ao entrar, esqueça a pressa.
Liberte seus sentidos, para que a experiência seja enriquecedora!

Que delícia! Eu não sabia que havia uma cascatinha lá pela metade da trilha. Faça uma pausa e curta a sonoridade!
Uma última dica: não se preocupe com o relógio. Desfrute o Jardim Botânico sem pressa.
E então, curtiu? Tomara que sim!
Aguarde os três próximos posts sobre Curitiba. Você verá que vale a pena conhecer a cidade. Até a próxima!
Para saber mais:
Jardim Botânico no site Parques e Praças de Curitiba
Jardim Botânico no Portal da Prefeitura de Curitiba
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