Tirolesa adaptada em Minas Gerais

O cadeirante que está em Belo Horizonte pode aproveitar o fim de semana para fazer tirolesa bem pertinho, no povoado de Casa Branca, município de Brumadinho. Vem comigo?

 

Esta sou eu, na tirolesa do Verde Folhas (Crédito das fotos: Marta Alencar, exceto quando indicado)

Esta sou eu, na tirolesa do Verde Folhas (Fotos: Marta Alencar, exceto quando indicado)

 

NOTA: Infelizmente, no momento a tirolesa para cadeirantes não se encontra disponível. Telefone antes de ir, para checar todas as informações deste post. Os links estão abaixo, no Para Saber Mais.

 

Como vim a saltar de tirolesa

 

Em 2015, experimentei pela primeira vez saltar de tirolesa. Sem dúvida, foi uma experiência deliciosa, no complexo de lazer Verde Folhas, povoado de Casa Branca, a apenas 35km de Belo Horizonte.

[Este post estava no endereço antigo do blog e está sendo transferido para cá a fim de facilitar a consulta.]

 

Me seduziram com histórias…

 

Na verdade, foram Tina Descolada e Marta Alencar que me convidaram para conhecer o espaço Verde Folhas. Elas me seduziram com a história de que no local havia pousada e restaurante com acessibilidade, assim como esportes de aventura, incluindo tirolesa adaptada para pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida.

Rá! Foi a conta de ajustar um fim de semana, buscar mais companhia e #PartiuCasaBranca

Sendo assim, ficamos na pousada e passamos um fim de semana delicioso. E ainda participei de plantio de árvores, numa proposta de inclusão e cidadania promovida pela Tina.

 

Andrea Drummond me ajuda a plantar a "minha" árvore...

Andrea Drummond me ajuda a plantar a “minha” árvore…

 

Espaço Verde Folhas

 

Quem poderia suspeitar que tão perto da capital mineira teríamos acesso a descanso, lazer, esporte e contato com a natureza, em área verde preservada e exuberante?

No mesmo local, há pousada, restaurante, lojinha, cachoeira, laguinho, esporte de aventura… e muita coisa acessível para as cadeiras voadoras.

[Nota: tudo mudou após a pandemia do coronavírus. Então, cheque todas as informações antes de ir]

Eu logo quis experimentar a tirolesa! Você verá que a experiência é perfeitamente possível para qualquer pessoa que tenha o desejo de fazê-la.

No espaço, há outros esportes de aventura que podem ser praticados por pessoas que não têm deficiência. Além de proporcionar lazer e diversão, esses esportes desenvolvem o trabalho em grupo, a superação de limites, o poder de decisão e mostram a importância da segurança e da vivência em ambientes naturais.

 

Um dos instrutores me aguardava no alto da parede, para dar continuidade ao processo!

Tirolesa adaptada

 

Para começar, o espaço conta com 6 tirolesas. A adaptada ficava dentro do circuito de arvorismo, e a experiência aconteceu a partir da parede de escalada, que tem 8 metros de altura.

O site explica: “No alto da parede há uma plataforma onde o praticante é conectado a uma roldana e desce pela tirolesa por uma distância de aproximadamente 90 metros”. Você pode imaginar que delícia de experiência voar pelo cabo de aço?

A minha experiência foi segura e confortável. Primeiro, porque os dois monitores demonstraram estar bem preparados. Eles me deram explicações detalhadas sobre tudo e sempre me perguntavam se estava tudo bem, se eu estava confortável, se já estava pronta para a aventura.

Lá, pessoas com deficiência fazem a tirolesa assentadas; então, é reduzido o risco de trancos, movimentos bruscos ou dores musculares por causa da postura.

Um dos monitores me prendeu com tiras que tinham ganchos de fixação. A seguir, me transferiram da cadeira de rodas para a cadeira que seria presa ao cabo – e na qual eu desceria. Se vc tem dificuldade de fazer transferências, talvez seja uma boa ideia levar mais alguém para auxiliar…

Depois, fui guinchada até o alto da parede de escalada. Lá no alto, o monitor me perguntou se poderíamos iniciar a descida.

Enquanto isso, o outro monitor desceu com a cadeira de rodas até o ponto além do lago, onde seria o meu pouso. Marta Alencar fotografou toda a experiência, que foi filmada pelo Leo. Sem dúvida, assessores queridos e perfeitos em tudo!

 

Antes de ser içada, são presas algumas tiras e ganchos de fixação (servem como back-up, ou seja, se algo falhar, são essas tiras que vão me segurar!)

O instrutor Ronnie prende em mim algumas tiras e ganchos de fixação, que servem como back-up, ou seja, se algo falhar, são essas tiras que vão me segurar!

 

Outro importante item de segurança: o capacete

Outro importante item de segurança: o capacete

 

Em alta velocidade

 

Passei por entre as árvores, sobre a cabeça das pessoas, atravessei o lago em alta velocidade, e, chegando ao destino, a cadeirinha da tirolesa parou suavemente, suspensa ao solo.

O monitor Diego me perguntou se eu preferia pousar na minha cadeira de rodas ou no gramado. Achei mais fácil pousar no solo. Mas lembre-se: depois será necessário subir na cadeira de rodas; então, talvez vc ache mais simples pousar na cadeira.

A seguir, a cadeira para tirolesa foi desatada, e meu capacete, retirado.

 

Pousei no gramado, porque achei assim mais fácil. O instrutor está desatando tiras e ganchos.

Pousei no gramado, porque achei assim mais fácil. O instrutor está desatando tiras e ganchos.

Estou entre Ronnie e Diego, os dois instrutores responsáveis pela minha primeira experiência com a tirolesa

Estou entre Ronnie e Diego, os dois instrutores responsáveis pela minha primeira experiência com a tirolesa

 

Deu vontade?

 

A experiência é muito rápida (que pena!), mas deliciosa. A seguir, um vídeo curtinho mostrando meu salto!

Eu te recomendo fortemente!

Abaixo, links para você se informar melhor. Até mais!

 

 

Para saber mais:

 

Site do Verde Folhas

Como chegar

 

 

About Laura Martins

Laura Martins criou o blog Cadeira Voadora em 2011 para compartilhar suas experiências de viagem em cadeira de rodas. Para ela, viajar desenvolve inúmeras habilidades, nos faz menos intolerantes por conviver com as diferenças e ajuda a construir inclusão, porque as cidades vão ficando mais preparadas à medida que as pessoas vão se fazendo visíveis. Entre em contato pelo e-mail contato@lauramartins.net.

2 Comments

  1. cristina santos da silva

    Olá, Bom dia!!!
    Meu nome é Cristina Gestora em Turismo e gostaria de entra em contato com dona do blog para troca informações referente ao turismo acessível do Brasil e juntas troca experiencias… Sou Pessoa com Deficiência física apaixonada pelo meu curso.

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