Hoje, Renata Glasner compartilha duas dicas de casas de show no Rio, o Circo Voadora e o Imperator! Simbora pra balada, galera!

Renata está acompanhada dos amigos no Circo Voador (todas as fotos pertencem ao acervo da autora do texto)
Por Renata Glasner*
Vamos ao Circo Voador!
Show do Barão Vermelho, o primeiro com a nova configuração da banda. Amigos, vontade de sair de casa e acreditar que só indo para a rua as pessoas vão notar que existem pessoas com deficiências mil, mas que antes de tudo são pessoas normais, com gostos musicais, gastronômicos, que ficam com raiva, têm vontade de estar com amigos, rir, gargalhar, falar de política, religião.
Pois é, motivos não me faltaram para sair de casa e enfrentar a Lapa em um sábado à noite para ver a nova formação do Barão Vermelho no Circo Voador. Mas, no meu coração, morava a certeza do perrengue.
Mas deixei essa certeza de canto, peguei meu carrinho, meus amigos e para lá fomos.
Deu certo!
Estacionei o carro na Catedral, muito perto; confesso que não dirijo muito bem a cadeira nas ruas do Rio… Como estava com amigos, não me preocupei com isso, mas garanto que não é exemplo de acessibilidade.
Chegando lá, encontrei um lugar legal para ficar e vi o show de perto. Caso quisesse ir para a arquibancada, teria acesso, mas, como queria garantir o meu lugar, não fui lá conferir a inclinação e o estado da rampa. De longe, me pareceu legal.
A minha maior surpresa foi o banheiro! O fato de existir banheiro adaptado já foi uma surpresa boa; além disso, a cadeira entrava, girava, tinha barra, consegui me ver no espelho, e a chave ficava com um funcionário, garantindo assim a exclusividade e a limpeza. (Detalhe importante é que esse funcionário estava sempre por perto.)
Resumindo: o Circo Voador entrou para a minha listinha de casas de show. Além de um preço justo, me senti bem recebida, pude ver um show que gosto ao lado de amigos.
Imperator (Centro Cultural João Nogueira)
Super recomendo; é um espaço cultural no Meier que adoro.
Já fui ver Lenine, Geraldo Azevedo, Elba Ramalho.
No meio da pista tem uma plataforma para cadeirante, de forma que fico da altura dos meus amigos e consigo ver o show sem ninguém na minha frente.
Para saber mais:
Que bacana! Há 1 ano e 9 meses fui acometida pela síndrome de Guillain-barré e ainda estou na cadeira de rodas. Agora cansei de ficar presa em um quarto e já estou tentando desbravar essa cidade mas já vi que é batalha! Muito inacessível. Mas não vamos desistir! 😂😣
Seja bem-vinda, Katiane!
Não desista. É difícil, mas não impossível. Conte conosco para conhecer mais e mais lugares acessíveis.
Um beijo!