Posts de viagem em blogs de cadeirantes

 

Quais critérios você usa para saber quais informações são confiáveis?

 

Quando quero viajar, a primeira coisa que faço é pesquisar em blogs de outros cadeirantes (brasileiros e estrangeiros) como é a acessibilidade no destino que escolhi. Muitos deles têm bons posts de viagem. Também utilizo os mesmos blogs quando ainda não escolhi o local e quero ter uma ideia de quais são mais acessíveis.

Mas como saber se as informações são confiáveis? E por que as opiniões são tão diferentes entre os cadeirantes? É sobre isso que vamos conversar hoje!

 

Informações sobre acessibilidade

 

Antes de criar meu blog, havia poucas páginas de cadeirantes na internet. De modo geral, eu recorria ao blog Mão na Roda quando precisava de informações sobre viagens.

Nos últimos anos, cresceu assustadoramente o número de blogs e sites dessa galera. O ponto positivo é que há mais posts de viagem com informações sobre acessibilidade. A parte difícil é formar opinião sobre a confiabilidade das informações.

 

Faça um teste!

 

Para fazer um teste, escolha um destino de viagem e comece a pesquisar sobre ele, em blogs, sites, Facebook e Instagram de cadeirantes. Verá que as opiniões dos que estiveram no local podem variar muito: uns adoraram, outros detestaram, uns acharam o local bastante acessível, outros não.

Claro: isso é natural. Cada um, cada um. Mas por que cadeirantes têm opiniões diferentes sobre a acessibilidade e o conforto do mesmo local?

Foi pensando nisso que decidi fazer um vídeo para a gente refletir a respeito e poder avaliar quem é que está com a razão. Ops! Será possível chegar a alguma conclusão a respeito?

Para descobrir o que eu penso sobre o assunto, é só clicar no vídeo!

 

 

About Laura Martins

Laura Martins criou o blog Cadeira Voadora em 2011 para compartilhar suas experiências de viagem em cadeira de rodas. Para ela, viajar desenvolve inúmeras habilidades, nos faz menos intolerantes por conviver com as diferenças e ajuda a construir inclusão, porque as cidades vão ficando mais preparadas à medida que as pessoas vão se fazendo visíveis. Entre em contato pelo e-mail contato@lauramartins.net.

One Comment

  1. Laurinha, sensacional esse assunto! Nunca fui pra fora do país, mas vejo essa diferença de percepções dos lugares por aqui mesmo.
    Vamos falar do Inhotim, por exemplo. Eu amo aquele lugar, é uma experiência com a arte que todo mundo deveria ter. Recomendo. Mas quando a questão é acessibilidade, acho que existem possibilidades de experiências completamente diferentes. Entrar e sair das galerias é super simples, nada problemático, mas chegar a elas… Como vc disse, dependendo do equipamento que cada um estiver usando, da força ou capacidade física de cada um e do acompanhante a percepção vai ser muito diferente. O parque disponibiliza um carrinho para cadeirantes percorrerem o terreno, mas confesso que acho isso meio chato, pois vira meio que uma visita programada, quando o legal é se meter a rodar pelo parque e ir descobrindo as instalações. Além disso, o carrinho tem um tempo definido para rodar com as pessoas, isso, visão bastante pessoal, aquele momento gostoso de se demorar nas instalações e sentir a obra. Mas é aí que a cadeirante se mete em algumas frias. Rsrs…
    Há lugares no parque, próximo aos restaurantes, principalmente, em que o chão é coberto por uns blocos de pedra irregulares, o que torna bem difícil em alguns momentos os deslocamentos. Mas se a gente estiver usando desses equipamentos que transformam a cadeira manual em uma “motinho” ou uma cadeira motorizada, é bico andar por lá. Vamos lembrar que é uma imensa galeria a céu aberto, com morrinhos consideráveis. Então, quando falam sobre a acessibilidade no Inhotim, fico meio cá meio lá. Os banheiros de lá, pra mim, são maravilhosos, inclusive os que ficam espalhados pelo parque. Mas será que todo mundo acha isso? Eu não me lembro se têm aquelas barras de apoio, que podem fazer muita falta pra alguma PcD. (Eu não uso essas barras).
    De qualquer forma, a gente tem que ir ocupando os espaços, inclusive pra dizer se são ou não acessíveis. E sugiro buscar sempre a palavra de outra pessoa com deficiência, pq mesmo com percepções diferentes, são relatos mais confiáveis que de andantes (acho). Quem nunca passou pela experiência de ligar antes para saber sobre acessibilidade de um lugar, a pessoa ao telefone te garantir que o lugar é totalmente acessível e quando chega lá não se vê uma rampa, mas uma parede de escalada e um banheiro que não tem como ser usado com a porta fechada?
    Mas visitem o Inhotim.

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