Hotel Vivá Porto de Galinhas: acessibilidade

 

Hotel Vivá Porto de Galinhas: pra voltar

 

Quando estivemos em Porto de Galinhas, ficamos hospedadas no Hotel Vivá, que nos foi indicado pelo amigo Thiago Helton, que também é cadeirante.

Vamos conhecer este lindo hotel? Vem comigo!

 

Para ler o primeiro post sobre a viagem a Recife e Porto de Galinhas, é só clicar aqui.

 

Onde fica?

 

O Vivá fica fora da área mais movimentada de Porto de Galinhas, mas não é longe dela, aproximadamente 7km. Fizemos esse trajeto sempre de Uber.

Como é um resort, com área grande, recreação e serviços de spa, é ideal para os que curtem sossego e conforto, e não o agito da praia. Lá, definitivamente, não é o point para os que procuram agitação…

O hotel é pé na areia; então, basta atravessar a área da piscina e já estamos naquela praia calminha, sem muitos ambulantes (havia só um ou outro) e sem música no último volume. Bem, pode ser que estivesse tão calmo por ser baixa temporada, então não posso garantir que será sempre assim.

 

O que já era calmo ficou ainda mais, porque o tempo estava nublado. Para nós, foi ótimo, já que queríamos descansar.

 

Acessibilidade

 

Do aeroporto de Recife até o hotel, o traslado foi feito pela van do projeto Rodas da Liberdade, como você leu no primeiro post da série.

A rampa de acesso ao hotel, após passar pela guarita, é íngreme, mas todos acabam entrando e saindo mesmo é de automóvel, por isso tal característica não chega a representar um problema.

Para falar da acessibilidade, guiarei você por cada um dos ambientes, combinado?

 

Recepção e restaurante

 

O lobby é amplo, com pé-direito altíssimo, o que é fundamental para a boa circulação de ar no local. Lembre-se de que Porto de Galinhas é quente e úmida o ano todo, e ar fresco é a diferença entre “você-inteiro” ou “você-desmaiado”…rs

O balcão da recepção tem rebaixamentos nas laterais, com cadeiras, para atender pessoas com deficiência ou com mobilidade reduzida, como idosos. Tudo é feito confortavelmente.

O atendimento do funcionário Erik foi muito cordial e competente. O rapaz ofereceu explicações claras sobre o funcionamento do hotel e mostrou habilidade para escuta seguida de prontidão para proporcionar o melhor atendimento às demandas que fizemos.

 

Rebaixamento do balcão para atendimento a cadeirantes

Lobby amplo, com pé-direito alto

 

Os ambientes são todos espaçosos, bonitos, limpos e bem-cuidados, conforme você pode conferir nas fotos.

No restaurante, consegui alcançar sozinha alguns balcões, mas não todos. No entanto, os funcionários compensaram essa deficiência do local com muita gentileza e cooperação.

 

Bar do cinema

Passagem do restaurante para a varanda

Acesso tranquilo às louças no café da manhã

Acesso ao balcão de pães foi tranquilo, e havia uma ilha com itens sem glúten. Já o balcão de refeições era muito alto.

 

Acesso aos quartos e às piscinas

 

Saindo do lobby ou do restaurante, há escadaria e rampa para acesso à área dos apartamentos e das piscinas. Nessa área, encontramos um excelente restaurante junto das piscinas, e, caminhando mais um pouco, entre jardins e recantos, temos acesso à praia.

 

Acesso por escada

 

Acesso por rampa

 

Área das piscinas

Piscinas: cores diferentes, desníveis diferentes. Não têm elevador, mas os salva-vidas ajudam.

Local para fotos no jardim…

 

Acesso à praia

 

Para alcançar a praia, é preciso passar por uma passarela forrada com cocos, mas prometeram que, em breve, haverá uma adequada.

Em volta dessa passagem, encontramos um gramado super bem cuidado, que nos convida a ficar por ali mesmo, numa espreguiçadeira, contemplando o mar.

Caso você queira descer até a praia, os salva-vidas ajudam, e os funcionários posicionam as cadeiras e os guarda-sóis onde for melhor para nós.

Há serviço de bar do hotel, e alguns ambulantes passam vendendo gostosuras, até mesmo sanduíches vegetarianos, que comprei para almoçar lá mesmo…

Só fomos uma vez à praia do hotel, porque não deu tempo… Por isso, a falta de fotos….

 

Acessibilidade no quarto

 

O quarto acessível fica no primeiro bloco de apartamentos, que é o mais próximo do restaurante.

Do final da rampa do restaurante, até o início da que dá acesso aos apartamentos, não havia cobertura. Sendo assim, em caso de chuva, é melhor passar por dentro desse prédio, e o acesso fica logo depois da rampa do restaurante.

Então, há outra rampa, mas desta vez ela é muito íngreme. Por isso, se chover, aconselho que peça ajuda aos funcionários, a menos que esteja acompanhado por alguém com braços fortes.

No quarto, adorei a varandinha com vista pro jardim, e dava pra ver até um pedacinho de mar.

Cabides, cofre, suporte para malas e tudo o mais está ao alcance das mãos. No entanto, em caso de necessidade, os funcionários estavam sempre à disposição.

Ponto que deixou a desejar: O quarto tem cama king-size, e não aceitaram trocar por duas de solteiro de forma nenhuma, nem com reza brava. O máximo que conseguimos foi que colocassem mais uma de solteiro, o que reduziu bastante o tamanho do quarto.

 

Espaço amplo de circulação

Cama king + uma de solteiro, mas observe que não sobrou espaço entre uma e outra

 

Banheiro mais ou menos

 

Achei que, diante de tantas maravilhas, o chuveiro seria acessível, com ducha manual, mas não foi o que aconteceu. Havia uma ducha sem regulagem de altura e sem acesso manual. Neste ponto, os funcionários tiveram dificuldade, pois não sabiam regular corretamente a vazão de água. Precisamos insistir, até encontrar um que compreendesse essa necessidade.

A pia não tinha nada por baixo, o que permitia a aproximação frontal da cadeira de rodas, porém até certo ponto, porque estava muito baixa. Acredito que um cadeirante de maior estatura baterá com os joelhos na bancada.

Havia barras para acesso ao vaso sanitário e espaço para aproximação lateral.

 

A pia era mais baixa do que recomenda a norma de acessibilidade

 

Chuveiro destoou…

 

Qual o preço?

 

Na minha opinião, as tarifas do Vivá foram justas, porque estavam compatíveis com as de um hotel confortável, bonito e bem planejado, com bons serviços.

Note que os funcionários são bem treinados, há dois restaurantes, assim como bares, cinema e música ao vivo de qualidade toda noite. Além disso, o hotel oferece recreação para crianças inclusive à noite, lojinha, sauna, academia, spa (pago à parte), amplos jardins, sendo tudo bem cuidado, limpo, organizado.

Ainda é preciso observar que o quarto é amplo, tem varanda e ar-condicionado perfeito, banheiro amplo e confortável. Por fim, a comida é impecável, e os coquetéis estavam lindos e deliciosos.

Sendo assim, achamos que havia uma boa relação entre custo e benefício.

Uma pousada no centrinho de Porto de Galinhas estava com o custo bem menor, mas não tinha ar-condicionado. Eu, por exemplo, não conseguiria ficar num local assim, não só por conforto, mas por saúde.

Concluindo, recomendo que, caso queira se hospedar no Vivá, pesquise os preços na baixa temporada, para conseguir tarifas mais em conta!

 

Para facilitar sua vida:

Mapa de Porto de Galinhas | Google Maps

Porto de Galinhas no Viaje na Viagem, do guru Ricardo Freire

Porto de Galinhas no Viagem&Turismo

10 hotéis com acessibilidade em Porto de Galinhas | Booking

Porto de Galinhas: guia completo | Blog Janelas Abertas

 

About Laura Martins

Laura Martins criou o blog Cadeira Voadora em 2011 para compartilhar suas experiências de viagem em cadeira de rodas. Para ela, viajar desenvolve inúmeras habilidades, nos faz menos intolerantes por conviver com as diferenças e ajuda a construir inclusão, porque as cidades vão ficando mais preparadas à medida que as pessoas vão se fazendo visíveis. Entre em contato pelo e-mail contato@lauramartins.net.

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