Vamos checar a acessibilidade em restaurantes e cafés de Buenos Aires?
Este post faz parte da série sobre a capital da Argentina, e o texto foi transcrito do antigo endereço deste blog, com alterações. Como a viagem foi feita em 2011, não se esqueça de conferir tudo antes de ir, combinado?
E abaixo, no Para Saber Mais, você sempre tem acesso a links que deixo de presente. Desta vez, deixo todos os posts sobre Buenos Aires neste blog, e links para outros blogs que falam da cidade.
Vambora?
Onde comer em Buenos Aires?
Antes de falar propriamente sobre onde comer e beber na capital argentina, preciso te contar algo que pouca gente sabe.
Que taxa é esta na conta do restaurante?
Talvez você nunca tenha ouvido falar de uma taxa chamada cubiertos, cobrada em grande parte dos restaurantes da cidade. Ela é cobrada por pessoa, pelo uso dos talheres, pratos, guardanapos, etc.
Embora seja algo polêmico, pois não há como fazer uma refeição sem pratos e talheres, a taxa vem na nota e, infelizmente, não adianta protestar. Alguns restaurantes não a cobram, outros fazem isso no jantar, mas não no almoço, e o valor é variável, pois não há regulamentação. Além desta, há outra cobrança: a taxa de serviço. Mas esta é opcional.
Ou seja, são duas taxas… A primeira, por pessoa; a segunda, sobre o total da conta.
Variedade e qualidade
Buenos Aires conta com uma variedade tão grande de restaurantes que não é fácil escolher. Selecionei alguns dos que mais gostamos, mas são observações bem pessoais, nada técnicas, ok? Abaixo, no Para saber mais, deixo links para dicas de outros blogs.
Cafeterias
Em Buenos Aires, para minha alegria, há cafés por todos os lados, como em Paris. Desde os mais tradicionais, como o Tortoni,, até os mais modernos, como o Havana.
Todos ficam lotados no happy-hour, mas o Tortoni é impraticável quase o dia todo. Vá pela manhã, até o horário do almoço, para conseguir mesa sem ter de ficar esperando. Você não está de pé, mas é cansativo mesmo assim, né não?
Batemos ponto também no Los Pastizales Café/Restó, no Centro Cultural Borges. Fica no térreo das Galerias Pacífico, na esquina de San Martín e Viamonte, ao lado do Convento Santa Catalina. Mas é possível acessá-lo por dentro das Galerias, caso tenha ido dar um passeio por lá, pois existe um elevador no Centro Cultural que leva até o Café.
E não desconsidere o café da Livraria Ateneo da Calle Florida. Em meio ao burburinho da rua (ou melhor: daquela loucura que é a Florida!), uma ilha de paz na companhia dos livros. Claro: não é tão bacana quanto o café da Ateneo Grand Splendid, na Calle Santa Fé, mas é muito bom. E a livraria, bastante completa. São vários andares, com elevador.
Restaurantes
O simpático La Biela é um misto de bar/restaurante/cafeteria. Se você procura um ambiente acolhedor, ao mesmo tempo que tradicional, seu lugar é aqui. Reduto de intelectuais nos anos 60 e 70, dois dos dos frequentadores mais assíduos foram Jorge Luis Borges e Adolfo Bioy Casares. Nada mal, hein? Fica na Recoleta, em frente ao cemitério.
O Rigoletto, no centro da cidade, foi um dos que mais apreciamos, principalmente pela proximidade, pois ficava quase em frente ao hotel. Todas as vezes recebemos um bom atendimento e aprovamos a qualidade da comida. Havia um pequeno degrau na entrada, de cerca de 3cm, facilmente transposto com ajuda. É frequentado principalmente pelos próprios portenhos, especialmente para almoço ou happy-hour. Cardápio variado, com carnes, massas, peixes.
Como en Casa é o nome simpático de um ambiente adorável! Localizado no Convento Santa Catalina de Siena, atrás do shopping Galerias Pacífico, oferece uma culinária mais sofisticada. Comi um linguado acompanhado de ratatouille e purê de batatas com raspinhas de limão. Hummmm!! Finalizei com uma torta, das muitas que eles têm a oferecer, excelentes e com pouquíssimo açúcar, como eu gosto. Entre no Convento pela rua lateral (Calle Viamonte), pois ali não há degraus. Também não há degraus para o acesso ao restaurante, e sim uma minirrampa. Para os jardins, um pequeno ressalto, nada que impeça o acesso.
Em Puerto Madero, fica o Ayres de Patagonia. Não há degraus na entrada e há banheiro acessível. O acesso a Puerto Madero também é feito sem degraus. Comemos uma truta muito bem preparada.
Carpe diem!
Na capital portenha, o que não vai faltar são bons restaurantes, seja qual for seu paladar. Investigue a acessibilidade com antecedência, confira se é necessário fazer reserva e não fique um dia sequer sem aproveitar essa oportunidade de comer bem!
Até a próxima!
Laura
Para saber mais
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De cadeira de rodas em Buenos Aires – Parte 1
Hotel acessível para cadeirantes em Buenos Aires: Meliá Reconquista
Onde comer em Buenos Aires | Viaje na Viagem
Dica do Eduardo Câmara, do blog Mão na Roda:
- Consulte o Guia Óleo, pois, segundo ele, “Esse guia de restaurantes tem uma busca (http://www.guiaoleo.com.ar/nav_pro.php) que mostra os lugares com acesso e também com banheiro adaptado. As informações são corretas e há quase 1.000 restaurantes com banheiro adaptado no guia!”.
- Minha dica é que você consulte também o Google Maps e o app Guiaderodas.