Na acelerada Nova York, encontramos o impressionante High Line Park, um jardim suspenso construído em uma linha férrea desativada! Sugiro colocar na sua lista como visita indispensável, nesta cidade que entrega tantos atrativos. E o que é melhor: tem acessibilidade para cadeirantes. Ou seja, você tem que experimentar o High Line!
Este post faz parte da série sobre Nova York. Eles foram escritos em 2013, quando estive lá. Estavam no antigo endereço do Cadeira Voadora, e eu ainda não tinha tido tempo de passar para cá. Agora, estou transferindo todos, com o texto e as fotos originais, mas com algumas atualizações.
Obs.: Neste post, há fotos que pertencem ao acervo Cadeira Voadora e outras retiradas da internet. Todos os créditos estão nas legendas.
Jardins suspensos, mas não da Babilônia
Certamente, você já ouviu falar em jardins suspensos. De fato, eles não são propriamente novidade: conta-se que existiram na Babilônia e, nos dias atuais, o primeiro de que se tem notícia está em Paris, construído em uma linha férrea desativada. Chama-se Coulée Verte René Dumont e é também conhecido como Promenade Plantée. Foi inaugurado em 1993 e tem 4,5km!
Deve haver outros parques elevados por aí… Mas o que eu quero lhe apresentar hoje é o High Line Park, em Nova York, onde a gente não vai simplesmente para passear, mas para ter uma experiência sensorial. E é totalmente acessível para cadeirantes!
Siga comigo!!
Por cima das ruas
Na verdade, o High Line também era um trecho abandonado de estrada de ferro que alguém teve a ideia de recuperar. Que bom!
Ele não está no nível do solo, mas elevado 9 metros, começando no Meatpacking District e indo até a parte oeste de Chelsea. O primeiro trecho recuperado foi aberto ao público em 2009, mas o parque continuou crescendo.
Inegavelmente, o parque oferece perspectivas fascinantes dessa área da cidade! Não é que você vá encontrar, propriamente, uma “vista bonita”. Ou melhor, até vai, pelo menos no que diz respeito a uma parte, de onde se vê o Rio Hudson e da qual, por exemplo, você pode admirar o pôr do sol.
Entretanto, em toda a extensão da antiga linha férrea, que corre entre prédios de arquitetura contemporânea, você vai ter acesso a muito mais, e é aí que entra a experiência sensorial.
Então, confie em mim e permita que todos os seus sentidos estejam disponíveis para assimilar o que vem pela frente… Prossiga!
Mais que uma “vista bonita”
Só para você ter uma ideia, há instalações de artistas, espreguiçadeiras deslizantes para um descanso ou um namoro, trechos com vegetação nativa, bancos entre folhagens e muito mais…
Diz o guia Lonely Planet:
“As atrações incluem (…) uma perspectiva totalmente única das ruas do bairro abaixo – especialmente da bacana Gansevoort Overlook, onde alvas poltronas de frente para um grande painel de vidro permitem observar o tráfego, os edifícios e os pedestres como se fossem obras de arte urbanas vivas” (pág. 121, edição de 2011. Grifo meu).
Entre as atrações, estão dois painéis de vidro, em dois pontos diferentes. Desses dois decks, de fato, vemos os bairros de forma privilegiada. É impressionante a sensação…
Além disso, é maravilhoso encontrar, em Nova York, um local onde as pessoas estão calmamente assentadas contemplando a vida, lendo, conversando ou mesmo fazendo um lanche.
Nossa visita
Fui acompanhada do Adilson, amigo querido que mora em Nova York. Chegamos naquele momento mágico do pôr do sol e saímos bem após ter caído a noite. Nesse intervalo, percorremos toda a extensão do parque, e fiquei encantada com tudo, mas particularmente com o Sundeck & Water Feature (veja fotos aqui).
Nesse trecho, há uma “piscina” onde se pode molhar os pés nos dias de calor. Na verdade, não é bem uma piscina; é uma aguinha jorrando do piso, com barulhinho e tudo! Você tem que ir lá ver e experimentar isso!
Fiquei pensando de onde sai tanta criatividade…
Reserve bastante tempo para percorrer os mais de 2km, porque certamente você terá vontade de imergir nas experiências que o local oferece, e isso não se faz sem sossego, correto?
A seguir, vou deixar algumas fotos com legendas, para que você possa ter pelo menos uma pálida ideia do que encontrará lá. E, no Para saber mais, há links para preparar o passeio, com informações detalhadas sobre acessibilidade, por exemplo.
Bateu a fome…
Atualmente, no site oficial do High Line, é possível encontrar informações sobre lanches disponíveis no local.
Mas nós, após termos passeado pelo parque, resolvemos percorrer os bairros do entorno, que eu não conhecia: Meatpacking, Chelsea e Village.
Jantamos no simpático e criativo Vapiano, na Union Square*. A massa é fresca e artesanal, além disso é possível personalizá-la ao seu gosto. Explicando melhor: a gente escolheu a massa e o chef que iria prepará-la. Depois, também uma salada e, finalmente, pegamos ervas frescas plantadas nos vasinhos à disposição.
A comida? Deliciosa. E como poderia ser diferente? Em boa companhia, tudo que é bom fica ainda melhor! Concorda?
*Este post foi escrito em 2013, mas atualizado em 2023. Consultei o Google Maps para checar se o restaurante ainda existe, mas, ao que parece, infelizmente fechou.
Vale a pena visitar?
Sem dúvida, o High Line é único, tanto pelo projeto paisagístico quanto pelas obras de arte e as “sacadas” geniais que vemos por todo lado. Além disso, a atmosfera de leveza que se percebe por lá é contagiante, e parece mesmo que o parque inspira isso.
Se você curte o inusitado, o programa é imperdível!
Para saber mais
Informações importantes sobre acessibilidade: aqui