Muita gente percebe São Paulo apenas como cidade dedicada a negócios. Será o seu caso? Seja qual for a resposta, te apresento São Paulo em 4 dias, um roteiro que montamos em nossa última ida, em abril de 2022. Prometo que vai se divertir, se encantar, se enriquecer. Vamos lá?
Sim, acabamos de voltar!
E e é por isso que este post está super atualizado, contendo, inclusive, dicas sobre exposições que você ainda poderá visitar!
Retorno à cidade sempre que posso, porque amo sua riqueza cultural e, principalmente, tenho amigos por lá. E, não sei se sabe, aqui no blog tem o Guia São Paulo Acessível, com inúmeras dicas de passeios, restaurantes e hotéis. Após ler este post, não deixe de conferi-lo, para preparar sua viagem!
[Todas as fotos pertencem ao acervo de Laura Martins]
Quando ir?
Nas capitais que não são consideradas turísticas, tanto hotéis quanto passagens aéreas tendem a ter tarifas mais baixas no fim de semana, a não ser que esteja acontecendo algum evento na cidade.
Mas, certamente, não vale a pena ficar só no fim de semana. Ficando pelo menos quatro dias, é possível aproveitar bem a viagem, sem pressa, com tempo suficiente para as pausas.
Superdica: Gosto de ficar de quinta a segunda-feira, porque, dessa forma, posso passear na Avenida Paulista no domingo, sem ter que me preocupar com retorno ao hotel, a fim de pegar as malas e ir para o aeroporto.
Com relação à época do ano, a cidade pode ser muito quente ou muito fria, dependendo da época. E sempre tenha uma carta na manga, isto é, um programa alternativo para o caso de chover, pois isso ocorre com frequência.
Nosso roteiro
Resolvi fazer este post em formato de roteiro, porque alguns leitores do Instagram deram essa sugestão, quando publiquei os stories durante a viagem. Uma boa ideia, não?
Então, anote mais uma dica: que tal aproveitar a ida a São Paulo para fazer uma revisão na cadeira de rodas, ou mesmo comprar algum equipamento? Aproveite as boas lojas, que têm grande variedade de produtos, assim como assistência técnica.
Uma observação:
Preferi dividir este post em 3 partes, porque, do contrário, o texto ficaria muito extenso, e isso atrasaria a publicação. Então, aguarde mais nas próximas semanas, combinado?
1º dia | Quinta-feira
Manhã e almoço
De modo geral, os hotéis aceitam o check-in a partir das 14 horas. Sendo assim, optamos por chegar um pouco antes, almoçar sossegadamente no próprio estabelecimento, deixar as malas e sair.
Na verdade, deu até para descansar um pouco na horizontal, algo importante para cadeirantes, a fim de prevenir lesões por pressão, não é mesmo?
Nós nos hospedamos no Green Place Ibirapuera, onde já fiquei diversas vezes, e almoçamos por lá mesmo.
Tarde
Agora, você vai nos acompanhar até o Sampa Sky, um deque de observação no 42º andar de um edifício no centro de São Paulo, com piso e paredes de vidro e linda vista para a cidade!
É um passeio que recomendo fortemente, porque é um local muito agradável, com paredes de vidro em quase toda a extensão e espaços para tirar fotos. Além disso, parece que todo mundo que aparece por lá tem um ótimo astral… As pessoas oferecem para tirar fotos, batem papo e ficam lá por muito tempo…
Todos os funcionários foram extremamente gentis conosco, desde a portaria do prédio. Não houve uma nota dissonante!
E vou confessar: fiquei com muito medo! Mas, ó, valeu a pena mil vezes!
Dicas para não ter perrengues no SampaSky
Todos os detalhes sobre esta visita estão em um post à parte, para que este não ficasse longo demais. Nesse texto, incluí um vídeo com o Stair-Trac, equipamento para descer um lance de escadas. Isso ocorre porque o elevador para num patamar entre dois andares… Então, será necessário descer alguns degraus para ter acesso ao deque. Clique aqui para ler, ou no link ao final.
Noite: jantar com os amigos
Neste dia, achei que fosse desmaiar de cansaço, mas, quando os amigos Bruno e Larissa nos convidaram para jantar, lá fomos nós! hahaha
Eles nos levaram ao Empório Frutaria Hélio Pellegrino, que é a vida que pedi a Deus!! Para começar, tem acessibilidade, é lindo e tem manobrista. Para fechar com chave de ouro, o cardápio tem inúmeros itens para quem tem intolerâncias alimentares. Gente, eu queria morar lá!
Comi o melhor poke da vida, eu e Bruno tomamos água de coco no próprio coco, enquanto Larissa e Marta tomaram coquetéis com gin. Peculiar, não? Tudo estava delicioso, e o atendimento foi excelente. O único problema é que fecha cedo, às 23h.
[Link e endereço: lá embaixo!]
2º dia | Sexta-feira
Pela manhã, fomos à Exposição Imersiva Van Gogh, que está no Shopping Morumbi. Almoçamos no Shopping mesmo e, como eu estava muito cansada, tiramos a tarde para repousar e fazer coisas aleatórias.
Beyond Van Gogh Brasil
Mais uma vez, não deixe para comprar ingressos no dia, porque você pode não encontrar.
Sinceramente, esta exposição está longe de ser o que eu imaginava, apesar de ser de um pintor que gosto tanto. Fiquei decepcionada, porque, na minha cabeça, seria tão maravilhosa como foi a de Da Vinci, à qual eu havia ido um ou dois meses antes da pandemia do coronavírus.
Ambas são imersivas, ou seja, nos trazem a sensação de estar dentro da obra do artista.
Para começar, Van Gogh está num shopping, enquanto Da Vinci estava num local dedicado à cultura. Isso não só seleciona público mas também funciona como uma espécie de protocolo, informando a ele como deve se comportar. A exposição estava lotada, mesmo a pandemia não estando ainda totalmente controlada, e a conversa estava muito alta. Para você ter uma ideia, cheguei a ficar sufocada e, por isso, tive que pedir para sair.
Dicas para a imersão
- Compre os ingressos aqui.
- Nós fomos de Uber e descemos no andar do estacionamento onde está o galpão com a mostra. No local, não havia ninguém para nos dar informações e, por causa disso, demoramos a encontrar a entrada. Então, sugiro que desembarque na portaria do Shopping e peça orientações ao segurança. Mas não se esqueça de chegar um pouco mais cedo, para o caso de se perder…
- Leve uma garrafinha de água ou isotônico, caso tenha dificuldade com equilíbrio térmico.
- Na área da exposição, o banheiro não tem acessibilidade, embora certamente lhe dirão que sim. Na verdade, a cadeira de rodas não cabe dentro da cabine, então tive que usa o vaso com a porta aberta. Sendo assim, sugiro que recorra aos banheiros do shopping, antes ou depois da visita.
- A exposição é bonita, mas, como resultado do excesso de gente circulando, fica difícil para ler os painéis ou contemplar as obras. Se for, leve um estoque extra de paciência.
- Todos os funcionários foram extremamente gentis e cooperativos.
Cenas dos próximos capítulos
Nos dois próximos posts, vou te levar comigo para fazer uma revisão da cadeira de rodas, que tal?
Depois, vamos passear no famoso Bairro da Liberdade, onde se concentra a maior comunidade japonesa do mundo, fora do Japão, mas que também tem presença forte do outras comunidades asiáticas. Lá, iremos passear na feirinha, fazer compras e almoçar!
Em seguida, iremos à magnífica exposição do fotógrafo Sebastião Salgado, para a qual vale a pena destinar algumas horas.
No último post, teremos passeio no domingo pela manhã na Av. Paulista, com direito a algumas paradas, incluindo visita à exposição do artista plástico Tunga, no Itaú Cultural. Depois, nosso fim de tarde aconteceu no Vista Restaurante Ibirapuera.
Então, você já pode imaginar, finalizamos o dia assistindo à cidade acender as luzes, tomando um drink no bar! Gente, na minha opinião, o cair da tarde é o espetáculo mais lindo da vida!
Até semana que vem!
Para saber mais:
♦ Clique aqui para ler a parte 2 deste roteiro!
♥Destaques sobre esta viagem (no Instagram Cadeira Voadora)
♥Post sobre o SampaSky no Cadeira Voadora
♥Empório Frutaria Hélio Pelegrino (mapa) | Site: https://emporiofrutaria.com.br/
Av. Hélio Pellegrino, 198 – Vila Nova Conceição, São Paulo