Te apresento uma série de 5 posts sobre Nova York, começando por uma das grandes atrações, o mirante Top of the Rock! Estive por lá em 2013 e achei tudo fascinante. Além do mais, houve bastante investimento em acessibilidade, o que certamente faz com que cadeirantes se sintam muito bem recebidos, não é mesmo? Vem comigo observar a cidade do 70º andar?
*Os posts que compõem esta série estavam no endereço antigo do Cadeira Voadora, na plataforma Blogspot. Mesmo tendo se passado alguns anos desde que troquei o blog de endereço, só agora estou tendo a oportunidade de transferi-los para cá. Mas, pra te “recompensar”, agora te ofereço um material mais organizado, completo e bonito!
Obs.: Todas as fotos pertencem ao acervo Cadeira Voadora e só podem ser usadas com autorização.
Central Park visto do Top of the Rock!! (foto de Andrei Moreira)
Nova York é única
É preciso colocar o pé, a cabeça e o coração em Nova York para ter noção do que aquilo significa. Certamente, não é um lugar como os outros, e você poderá me perguntar a razão.
Talvez seja um conjunto de interessâncias, muitas delas bastante subjetivas.
Em NY, até os policiais são icônicos…
Ali estão lugares que povoam nossa imaginação, pois os vimos em filmes que nos marcaram, como é o caso do Central Park ou do Metropolitan Museum. Estão lojas das quais já ouvimos falar e que nos parecem ter saído de um conto de fadas… Ahhh, e que dizer da agitação da Times Square ou das peças que estão na Broadway? E a Quinta Avenida com aquelas confeitarias incríveis que vimos nas séries famosas?
Para quem ama história e arte, então, a cidade é uma festa! Importantes museus e galerias estão lá, além da mais importante escola de artes performáticas do mundo, a Juilliard.
Ah, é muita coisa, mas vou te dizer que o principal você teria que estar lá pra sentir.
Sim, o grande lance de NY, para mim, é a atitude ! Adoro o fato de que pessoas dos mais diversos tipos e aparências podem circular sem sequer ser notadas, no sentido de não ser assustador a pessoa ser “diferente”. E isso não significa que sejam indiferentes à sua presença, como muitos podem acreditar.
Não sei se vou conseguir, nestes 5 textos que compõem a série, te dar pelo menos uma noção do que seja isso, mas vou tentar, prometo!
Então, prepare-se para o embarque!
Afinal, é Nova York ou Manhattan?
Talvez você já saiba, mas não custa esclarecer que, quando nos referimos a Nova York, quase sempre estamos falando, mesmo, é de Manhattan. Vou explicar…
Nova York é composta por cinco distritos, e um deles é Manhattan, que abriga os principais pontos de interesse da cidade.
Ao longo da série, vou te explicando direitinho essa aparente bagunça…
O que você vai encontrar nesta série de posts
Como resultado de 10 dias em NY, tenho inúmeras histórias pra contar, que resultaram em vários posts.
Minha tarefa será indicar para os cadeirantes os pontos fortes no que diz respeito à acessibilidade, sem deixar de mencionar as dificuldades. Apesar de encontrarmos facilidades por lá, não acredite que seja o paraíso…
Os posts não atenderão a uma ordem, já aviso de antemão. Isso, porque a viagem não teve mesmo ordem, a não ser aproveitar cada momento para conhecer e curtir o máximo possível a cidade e os amigos que fiz por lá. Ah, a viagem não teria sido tão encantadora se não fossem eles…
Tive oportunidade de conhecer restaurantes, parques e praças super bacanas, frequentados predominantemente pelos locais, porque os turistas ficam mesmo nas áreas consideradas “turísticas”.
Então, já que você encontrará, em bons sites e blogs que vou indicar, textos detalhados sobre os pontos turísticos, não vou me ater a isso. Sem dúvida, prefiro tratar do que você não vai encontrar nos outros sites, combinados?
Então, é hora de partir! O primeiro post é sobre o Top of the Rock, que tem uma vista de tirar o fôlego!
Não dá pra esquecer uma paisagem destas. Observe o Empire State Building no centro da imagem. (Foto: Andrei Moreira)
Top of the Rock
O Top of the Rock é um mirante com uma vista incrível! Está localizado no 70° andar do GE Building, que fica no Rockfeller Center, na região denominada Midtown.
♥ Nos links do Para saber mais, abaixo, você encontrará todas as informações a respeito desta atração, incluindo detalhes sobre acessibilidade.
Para muitos, é a melhor vista panorâmica da cidade, melhor que a do Empire State Building, porque do Top se pode observar o próprio Empire, assim como o Central Park. Além disso, o Top fica menos cheio que o Empire e a vista tem 360°. Bom demais, concorda?
Como foi a minha experiência
Segundo o site oficial, o Top é completamente acessível para cadeirantes, tendo também acessibilidade para outros públicos.
Para começar, não tivemos que enfrentar fila. Aliás, quero abrir parêntese para deixar um alerta.
Em cada país, as leis são diferentes, portanto jamais espere que tudo será como no Brasil, porque você pode se frustrar. Sempre se informe antes de ir, para não ter que passar por complicações desnecessariamente.
Ao chegar, passamos direto por ela e perguntamos ao segurança da entrada como deveríamos proceder.
Ele, então, nos orientou e liberou a entrada. Em seguida, compramos os tíquetes e já acessamos os elevadores.
De modo geral, não compro tíquetes com antecedência. Te explico melhor neste post.
Parece ficção
Ao deixar o primeiro elevador, tivemos acesso a salas com fotos e vídeos contando a história do edifício. Na sequência, outro elevador nos levou ao primeiro deque de observação.
Neste elevador, que leva pouquíssimo tempo para atingir o topo, tivemos uma surpresa. Então, aqui vai um alerta de spoiler, para você pular o parágrafo a seguir, caso não deseje saber disso com antecedência… rsrs
Gente, o teto do elevador era de vidro! Então, caso a gente não queira ter a visão vertiginosa do fosso, que fica todo iluminado, é só olhar para cima, pois são projetadas imagens no vidro. Sem dúvida, uma experiência interessante, que faz com que não se perceba o tempo passar e a ansiedade seja amenizada…
Esse elevador nos deixou na primeira sala de observação, com vidros, totalmente protegida, o que torna possível o acesso no inverno ou com chuva. Minha ansiedade não me deixou tirar fotos dela, porque estava ávida por atingir o deque ao ar livre.
A partir daí, tomamos mais um elevador para ter acesso ao primeiro deque , que é cercado por vidro. E ainda há outro elevador, escondidinho (o principal acesso é por escada), para o deque cercado com grades, também totalmente ao ar livre e sem vidros. Numa das fotos abaixo, é possível ver ambos os deques.
No primeiro deque ao ar livre, é tudo cercado com vidros, o que não atrapalha a visão de cadeirantes
No segundo deque ao ar livre, as fotos ficam melhores, porque não há vidros, mas a visão para cadeirantes é prejudicada pelas grades
Nesta foto, é possível ver ambos os deques. É só observar as indicações que deixei!
Em resumo, não encontrei dificuldades no Top of the Rock, a não ser a dificuldade de observação no segundo deque e a impossibilidade de usar o telescópio, que não tem regulagem de altura.
No mais, achamos a organização impecável, assim como a segurança dos equipamentos e a interação com os funcionários.
O que achei do passeio
Para finalizar este primeiro papo sobre minha cidade favorita, é melhor contar logo que as paisagens que vi a partir do Top encheram meus olhos de lágrimas.
É tudo muito, muito lindo! É emocionante ver o Central Park do alto, com toda aquela extensão de verde. O sol caindo sobre o Rio Hudson é algo que não vou esquecer. Simplesmente, me assentei num dos bancos do primeiro deque ao ar livre para descansar enquanto observava.
Porque, gente, vamos combinar: beleza e emoção demais cansam, viu?
Fique com mais algumas fotos, mas não se esqueça de que você terá de fazer a experiência por si mesmo! Planeje uma tarde inteira por lá, para ter tempo de deixar a cidade penetrar no seu coração.
♥ Esta série sobre Nova York é dedicada a Andrei Moreira, Angelita Paula e Adilson Araujo, queridos amigos sem os quais a viagem não teria sido tão gratificante.
Laura Martins criou o blog Cadeira Voadora em 2011 para compartilhar suas experiências de viagem em cadeira de rodas. Para ela, viajar desenvolve inúmeras habilidades, nos faz menos intolerantes por conviver com as diferenças e ajuda a construir inclusão, porque as cidades vão ficando mais preparadas à medida que as pessoas vão se fazendo visíveis. Entre em contato pelo e-mail contato@lauramartins.net.
Utilizamos cookies. Se você acha que está tudo bem, basta clicar em "Aceitar tudo". Você também pode escolher os tipos de cookies que deseja clicando em "Configurações".
