Portugal tem paisagens fascinantes, não resta dúvida, mas estarão ao alcance das pessoas em cadeiras de rodas ou com mobilidade reduzida? Vem comigo, pois vou te mostrar que sim! Neste passeio, fomos de Lisboa até Badajoz, na Espanha!!
O Palácio da Pena fica em Sintra e tem uma vista panorâmica de encher os olhos! Na foto, estou com minha mãe.
De cadeira de rodas em Portugal
Pra começo de conversa, preciso te contar que este é o terceiro post sobre Portugal aqui, no blog.
Eles são uma compilação de oito posts sobre o país que publiquei no antigo endereço do Cadeira Voadora, para facilitar sua consulta. O leitor que desejar detalhes, poderá recorrer ao blog antigo, combinado?
De acordo com o prometido, agora eu deveria falar sobre restaurantes, comércio e hotel em Lisboa. Mas resolvi passar na frente os passeios fora da cidade. Por quê? Porque me deu saudades. Muitas!
É possível fazer vários passeios sem se afastar muito de Lisboa, e te apresento agora os que escolhemos!
Optamos por contratar motorista
Para fazer os passeios fora de Lisboa, contratamos o Sr. Aníbal, um taxista que nos foi indicado pela blogueira Juli.
Sem dúvida, foi uma decisão feliz, pois assim economizamos tempo e energia para investir nos passeios, e não nos deslocamentos.
O automóvel era grande e confortável, e o porta-malas amplo e sem gás. Ou seja: acomoda muito bem o cadeirante e até três acompanhantes, e, se a cadeira não for muito grande, vai no porta-malas sem problemas.
O preço foi bom, mas o melhor mesmo foi o próprio Sr. Aníbal, que é extremamente gentil, simpático e cooperativo. Além disso, é uma filial do Google, pois sabe responder a tudo o que você perguntar! Então, aproveite para conhecer a história, os pontos turísticos, a flora e a fauna de Portugal, além de ouvir os interessantes casos sobre o povo e as cidades.
Além dele, é possível encontrar outros motoristas de táxi que fazem os mesmos roteiros, assim como vans acessíveis, caso você precise. Evidentemente, os passeios em automóveis adaptados são mais caros; em compensação, oferecem o conforto de não ser necessário sair da cadeira de rodas.
Sr. Aníbal: excelente motorista, bom papo, anjo da guarda e filial do Google… Na foto, estamos em Monsaraz.
Queluz e Sintra: roteiro e acessibilidade
Um dos destinos que escolhemos conhecer foi Sintra. No caminho para lá, fizemos uma parada no Palácio Nacional de Queluz, que fica apenas a 15km do centro de Lisboa.
O Palácio de Queluz abrigou a família real portuguesa antes da fuga para o Brasil, em 1807. Lá está, por exemplo, o quarto onde nasceu e morreu o nosso D. Pedro I (D. Pedro IV de Portugal).
Construído em estilo clássico-barroco, o local oferece, além das histórias contadas pelos móveis, lustres e objetos, jardins geométricos decorados com estátuas, fontes e belos azulejos.
A boa notícia é que tem acesso para cadeirantes, incluindo o banheiro, embora seja um pouco desafiador visitar os jardins, conforme te contarei a seguir.
Dica:
Sempre viajo em baixa temporada, para encontrar os lugares menos cheios. Em Queluz, descobrimos que, se chegarmos cedo, por volta das 9 horas, o local estará ainda sem visitantes. Além disso, ficamos felizes ao descobrir que ali seria possível comprar os ingressos também para o Palácio da Pena, em Sintra. Pessoas com deficiência tinham desconto na aquisição do bilhete.
Rampa de metal na entrada da bilheteria do Palácio de Queluz
Lindos jardins de Queluz
Após admirar o interior do palácio – os aposentos, as obras de arte, os móveis e os lustres –, peça para abrirem a porta que leva à parte externa, onde há uma rampa de metal para o acesso dos cadeirantes.
O jardim lembra os franceses não só na geometria, mas também nos pedriscos que dificultam enormemente a circulação com a cadeira de rodas. Quem for andante se beneficiará se for de tênis.
Para ter acesso à parte inferior dos jardins, serão necessários braços fortes, por causa dos declives e dos pedriscos. Mas vale a pena descer, porque tudo é muito bonito. No retorno, poderá voltar pela mesma rampa e pedir para abrirem a mesma porta pela qual você saiu.
Adeus, Queluz! #PartiuSintra
Repare na beleza do piso, do lustre, dos móveis em um dos aposentos do Palácio de Queluz.
Estátua na parte inferior dos jardins
Belo muro de azulejos na parte inferior dos jardins. Amplie a foto e conseguirá ver os pedriscos.
O encanto e o charme de Sintra
Você quer encanto e charme? Vá a Sintra, onde também vai encontrar paisagens deslumbrantes.
Segundo o excelente site Parques de Sintra, a cidade despertou tanto a atenção das pessoas, que recebeu inúmeras menções na literatura. Escreveram sobre ela autores como Luís de Camões, Hans Christian Andersen, Lord Byron e José Saramago.
“Tudo em Sintra é divino, não há cantinho que não seja um poema.” Eça de Queirós, Os Maias, 1888.
“Hoje é o dia mais feliz da minha vida [Sintra] é a coisa mais bela que tenho visto.” Richard Strauss, compositor
“[Sintra] daria um bom paraíso no caso de deus fazer outra tentativa” José Saramago, Memorial do Convento, 1982
Doces da Piriquita
Primeiramente, paramos na casa A Piriquita, tradicionalíssima, para conhecer os famosos doces regionais. Pedimos um de cada – travesseiro, queijada, pastel de nata, noz dourada e pastel de Sintra – e partimos em pedacinhos entre nós.
Você sabia que, em Portugal, pastel é um bolinho? Você encontra a iguaria por todos os lados, em versões doces, como o de nata, ou salgadas, como o de bacalhau.
A Piriquita está sempre cheia e é pequenina, por isso, se quiser provar as iguarias, tenha calma para conseguir um lugar. Infelizmente, o atendimento é impaciente e não tem acesso para cadeirantes, mas com toda a boa vontade o garçom auxiliou meu irmão a carregar minha cadeira até o piso onde ficam as mesas.
Mas vou te contar um segredo, embora seja apenas a minha opinião: há doces melhores em lugares menos famosos. E mais baratos…
Ladeiras por todo lado
Inseri esta foto para propor uma reflexão.
Às vezes, os locais que visitamos não são adaptados. E nem sempre é por negligência. No caso de Sintra, por exemplo, a geografia é desafiadora, pois é uma região montanhosa.
Sem dúvida, caberá a cada qual avaliar as próprias condições e verificar se quer e se pode se aventurar a chegar lá.
Na minha forma de ver, não raras vezes nossa simples presença provoca uma mudança na mentalidade das pessoas e na acessibilidade do local, quando for possível adaptá-los.
Na foto, estou numa das ladeiras de Sintra! Como tudo era muito bonito, e eu sou muito empolgada, aceitei ajuda e subi. Mas não te aconselho a fazer o mesmo, a não ser que seus acompanhantes tenham bom preparo físico e que você tenha equilíbrio de tronco.
Artesanato
Na mesma Rua das Padarias, há um artesanato muito rico, no meio de um tanto de bugigangas, em lojinhas numa ladeira, daquelas de meter medo. Mas, como meus irmãos são tão aventureiros (leia-se loucos) quanto eu, me ajudaram a subir.
Fizemos alguns outros passeios a pé e também de carro, sem descer, porque ainda tínhamos muitas visitas pela frente.
E então subimos uma longa ladeira até chegar à entrada do Palácio da Pena.
Palácio da Pena
Ao chegar, nos assustamos com a enorme fila, tanto para comprar ingressos quanto para entrar no parque onde fica o palácio.
Mas que bom! Tínhamos adquirido os bilhetes em Queluz, onde não havia ninguém quando chegamos. Além disso, havia prioridade para cadeirantes e acompanhantes. Sendo assim, fomos direto ao portão e nos permitiram entrar.
Então, subimos um morrinho a pé e encontramos o ônibus que deixa os visitantes na entrada do castelo. Ele tinha plataforma elevatório para cadeirantes entrarem, mas estava com defeito. Sem problema! O motorista avisou pelo rádio que eu estava lá, e em pouco tempo chegou outro. Palmas para a organização!
O transporte é seguro, pois tive toda a proteção para subir, e eles ataram os cintos de segurança de forma correta.
No Palácio da Pena, que faz parte dos parques de Sintra, há transporte acessível para percorrer os jardins até a entrada do castelo.
Repare no piso de pedras, que exige braços fortes ou cadeira motorizada, que pode ser emprestada pela instituição.
Fizemos o possível para trazer fotos bacanas a fim de encantar você!
Acessibilidade no palácio
Infelizmente, o Palácio da Pena estava em reforma. Mesmo assim, foi possível ter acesso a algumas áreas e nos encantar com a construção e a vista deslumbrante.
O piso é de pedras roladas ou de paralelepípedo, ambos complicados para cadeirantes.
Antes de sair do Brasil, havia lido no site do Palácio que há cadeiras motorizadas cedidas por empréstimo, mas não me lembrei de verificar e solicitá-las. Caso resolva visitar o castelo, quem sabe seja bom dar uma olhada minuciosa no site e checar isso? O link está abaixo, no Para saber mais.
Foi possível, com cadeira de rodas, ter acesso ao terraço e à lojinha, onde havia banheiro adaptado. Certamente, à medida que as obras prosseguirem, será possível ter acesso a outros recintos.
Almoço melhor não há
A seguir, fomos almoçar na Toca do Júlio, no povoado de Almoçageme. Asseguro a você que bacalhau como o de lá não se encontra em qualquer lugar. De comer suspirando! O vinho estava ótimo, e as entradas também. Tinha banheiro para cadeirantes, e apenas um degrau para entrar no restaurante.
Não foi possível fazer a siesta: tínhamos mais terra a percorrer. Nossa próxima parada seria o Cabo da Roca!
Cabo da Roca
Lilia, João e eu no Cabo da Roca.
E lá fomos nós para o Cabo da Roca, que é o ponto mais ocidental do continente europeu.
Ali, cadeirantes não enfrentarão grandes desafios, a não ser conseguir ir embora. Admito que meus olhos ficaram marejados, tamanha a beleza.
Nas imediações do farol, encontra-se a emblemática cruz com a sua homenagem a Luís de Camões: “Aqui mesmo, quase no cume da cabeceira, De toda a Europa, o Reino Lusitano, Onde a terra se acaba e o mar começa, E onde Apolo instala-se no Oceano” (Os Lusíadas, Canto III, Luís de Camões). Foi esta posição, no fim da terra conhecida, que fez do Cabo da Roca um local sagrado e lendário que continua a deslumbrar quem o visita. [Leia mais aqui]
Sr. Anibal estacionou o carro bem pertinho do ponto onde se avista o Oceano Atlântico, que é uma falésia com cerca de 150m de altitude. A beleza está não somente na imensidão do mar, mas também nos recortes dos penhascos. Esse conjunto é impressionante!
O estacionamento foi gratuito, e não vi se tinha infraestrutura para banheiro, porque a ansiedade era muita…rs À época, não havia nenhuma pavimentação na área, então precisei de ajuda para chegar até o mirante.
Dica: leve agasalho, por causa do vento forte, use roupas e calçados confortáveis e dedique pelo menos meia hora para curtir a paisagem!
Voltando para Lisboa, fomos pela belíssima estrada à beira-mar. Passamos por Cascais, uma bonita cidade litorânea, mas o cansaço era demasiado para fazer uma parada. Então, apenas demos uma volta de carro pelas ruas.
Vida, sou só gratidão!
Ulysses te mostra as inscrições no Cabo da Roca, com poema de Camões.
Essas imensidão de mar emociona, né?
Alentejo: roteiro e acessibilidade
Não posso conceber a vida se não for para a gente se encantar.
Não, eu não sou ingênua. A vida é dura, os desafios são imensos e demandam energia; é preciso força e determinação se quisermos chegar a algum lugar.
Ao lado de tudo isso, porém, a natureza e os seres humanos produzem pequenos e grandes milagres todos os dias. E foi assim que, em parceria com a natureza, o ser humano foi capaz de produzir joias como o Alentejo.
Fizemos um longo passeio em um único dia. Não é o tipo de loucura que costumo fazer, porque prefiro “gastar” tempo vendo as coisas, saboreando a gastronomia das regiões, conversando com as pessoas… Mas era o tempo de que dispúnhamos, contávamos com um bom motorista, que conhecia a região muito bem; além disso, estávamos em boa companhia, com disposição e entusiasmo. Por isso, valeu a pena!
Paisagens para fazer olho brilhar
Tiramos um dia inteiro para conhecer o Alentejo e alcançar uma cidade que meu irmão Ulysses queria conhecer: Badajoz.
O Alentejo é alcançado após a travessia do Rio Tejo, pela bela ponte 25 de abril, inspirada na Golden Gate. No primeiro andar, ela recebe o tráfego ferroviário; no segundo, o rodoviário.
Pegamos a estrada e bem depressa começamos a avistar as longas planícies alentejanas, onde a temperatura é mais alta que em Lisboa. Quanto mais para o sul, mais calor.
Muitas interessâncias nos aguardavam!
Um povo que não tem pressa para nada
Ficamos conhecendo o sobreiro, uma árvore da qual se extrai a cortiça, muito utilizada em Portugal também no artesanato, e descortinamos plantações de oliveira, a árvore que produz as azeitonas. Na região, também são comuns os vinhedos.
Quilômetro após quilômetro, você passará a achar que castelos são construções muito comuns no mundo – pelo menos, naquele mundo –, e as muralhas e fortificações passarão a habitar sua memória para sempre.
Casas térreas caiadas atestam a influência moura e dão um ar de zelo às vilas.
Prepare-se para respirar beleza, cultura e história a cada passo. E, se você não desenvolveu sua paciência até hoje, esteja pronto para cultivá-la aqui, pois o povo alentejano não tem pressa.
No sentido horário: o lago Alqueva, placas perto de Monsaraz, uma fortificação e as casinhas caiadas.
Évora
Patrimônio Mundial da Humanidade, Évora fica no Alentejo. Sem dúvida, é linda e merece maior tempo para visitação, o que não fizemos. Não deixa, é claro, de ser uma desculpa para voltar!
Igrejas, praças, casario branco, ruas medievais, povo hospitaleiro, belo artesanato, monumentos de quase 2 mil anos – ufa!
Para ver o artesanato local, é preciso encarar uma subidinha, em rua revestida de pedras. Mas há uma passarela central, que é lisa.
Não deixe de visitar o templo romano, que tem quase 2 mil anos. Perto, há banheiro público adaptado para cadeirantes. Porém, o calçamento não é fácil para as rodas.
No sentido horário: passarela central, de piso liso, fácil para locomoção; João passeia comigo no centrinho de Évora; Capela dos Ossos e templo romano.
Capela dos Ossos
Certamente, a Capela dos Ossos não deve deixar de ser visitada.
“Está situada na Igreja de São Francisco. Foi construída no século XVII por iniciativa de três monges que, dentro do espírito da altura (contra-reforma religiosa, de acordo com as normativas do Concílio de Trento), pretendeu transmitir a mensagem da transitoriedade da vida, tal como se depreende do célebre aviso à entrada: ‘Nós ossos que aqui estamos pelos vossos esperamos’.” (Wikipédia)
Paredes e pilares são revestidos com ossos e crânios, mas fique tranquilo, pois não é assustador nem lúgubre (bem, não são todos que pensam como eu, diga-se). Mesmo porque, com hordas de turista, o que é que pode ser considerado assustador, senão os próprios turistas, que fazem um barulho ensurdecedor?
Nossa tática é esperar que o povo vá embora; em geral, são excursões, e os turistas ficam poucos minutos… Se você aguardar, poderá ver tudo com calma.
Acessibilidade
Cadeirantes não pagam entrada, mas têm que passar pela bilheteria.
A calçada de acesso é muito estreita (afinal, trata-se de um sítio histórico), e há um pequeno degrau na entrada, e depois uma rampa (íngreme) para acesso à Igreja de São Francisco, pela qual se chega à capela.
Após passar pela bilheteria, lhe indicarão uma entrada lateral para cadeirantes e carrinhos de bebê. E, para entrar na capela propriamente dita, há um alto degrau. Dá trabalho, mas eu achei que compensou o esforço. Embora não seja a única capela decorada com ossos no mundo, é preciso aproveitar a oportunidade.
A apaixonante Monsaraz
Considerada uma varanda sobre o Alqueva – o maior lago artificial da Europa –, é uma vila medieval entre muros, na fronteira com a Espanha, com uma vista de tirar o fôlego. Apaixonante é pouco. Mas nada fácil para cadeiras, mesmo sendo voadoras, por causa do calçamento de xisto.
As ruas de pedra são charmosas demais, assim como os restaurantes e as lojinhas de artesanato. Entramos de carro e foi assim que conhecemos o local, embora só seja permitido entrar a pé.
Caso decida fazer o mesmo, esteja preparado para receber algum alerta e vá avisando logo que você não tem condições de fazer o percurso a pé.
Badajoz: histórica, mas nem por isso inacessível
Após a passagem por Monsaraz, atravessamos uma ponte sobre o Alqueva (ou sobre o Rio Guadiana? Não sei mais…) em busca de Badajoz, na Espanha.
É uma cidade bastante desenvolvida, com uma parte histórica, mais isolada, que é foco de cultura árabe.
Muito bonita e tratada com zelo, vê-se no local respeito pelo cadeirante, pois há vagas reservadas por toda parte e rebaixamentos de calçada também. Abaixo, deixo links para saber mais a respeito.
A parte histórica é cheia de ruelas: quase não há largura suficiente para passar um automóvel. O calçamento de pedras e as ladeiras também dificultam a vida do cadeirante. Mas não me arrependi de ter ido até lá, porque cidades históricas me fascinam.
Me apaixonei por Monsaraz… <3
Retornando a Lisboa
No retorno, nosso anjo da guarda, o Sr. Aníbal, ainda tinha energia para passear conosco em Elvas. Nós quisemos extrair dele, a todo custo, o segredo para chegar à idade madura com aquela energia toda. Parece que é o vinho… Será? Ou seria o magnífico azeite português? Não conseguimos descobrir.
Chegamos a Lisboa às 21 horas, com um cansaço descomunal, mas cheios de lembranças que jamais vão se apagar de nossas mentes.
Você pensa que dinheiro paga essas coisas? O passeio tem um custo financeiro, é claro. Mas a capacidade de se encantar e de ser grato à vida por ter conhecido tantas coisas bacanas é algo que só você pode fazer por si mesmo…
Para mais detalhes, leia o post completo no antigo blog.
Para saber mais:
Acessibilidade em Badajoz: site Equalitas Vitae
Guia de acessibilidade em Badajoz
Acessibilidade nos Parques de Sintra
Portugal no antigo endereço do Cadeira Voadora
Portugal em outros blogs e sites
Portugal no blog Turista Profissional
Monsaraz e região num belo vídeo, para fazer vc comprar as passagens aéreas amanhã mesmo… rsrs
